Receita líquida caiu 32,9% devido à volatilidade do mercado
A Panalpina informa que, em 2009, transportou volumes menores e gerou um lucro bruto menor em comparação com 2008. Diversos foram os motivos para o desempenho abaixo das expectativas, mas a companhia destaca o ambiente econômico difícil e o mercado bastante volátil. Com isso, os volumes globais de negócios caíram para uma taxa inédita, afetando a maioria dos mercados centrais.
A receita líquida caiu 32,9%, o lucro bruto 20,9% e o lucro consolidado 90,8%. A companhia reagiu rapidamente à situação difícil, reduzindo sua base de custos em 14% e, assim, excedeu sua meta de redução de custos. O foco na geração de caixa resultou em um aumento no fluxo de caixa livre de 33%, para 226 milhões de francos suíços.
Segundo a CEO, Monika Ribar, dificilmente 2009 poderia ter sido um ano mais turbulento e desafiador para o setor de logística e também para a Panalpina. “Embora tenhamos reagido rapidamente no que tange a custos e aumentado a produtividade, as medidas tomadas não conseguiram compensar pela queda brusca nos volumes e um rápido aumento nas taxas de câmbio para compra no segundo semestre. Entretanto, tomamos as ações adequadas sobre compras e vendas, e também sobre a estrutura organizacional da empresa, o que influenciará positivamente no nosso desempenho em 2010. Acreditamos que cresceremos, no mínimo, no nível do mercado este ano”, diz.
Números e expectativa
No geral, a Panalpina transportou 731 mil toneladas em frete aéreo, queda de 19% em comparação com 2008, e 1,1 milhão de TEUs em frete marítimo, redução de 14%. O lucro bruto caiu para 1,377 bilhão de francos suíços e o ebitda reduziu de 241 milhões de francos em 2008 para 80 milhões de francos em 2009.
Para Monika, a visibilidade geral para 2010 continua baixa. No entanto, ressalta, a Panalpina acredita em uma recuperação moderada nos mercados de frete aéreo e marítimo, com taxas de crescimento médio de um dígito. “Para fortalecer a competitividade da companhia, devemos nos concentrar bastante no crescimento lucrativo e continuarmos gerenciando firmemente nossa base de custos e geração de caixa. No futuro, também nos comprometeremos com melhor lucratividade do saldo versus ganhos de volume puros”, afirma. A executiva completa. “Impulsionaremos nossa liderança no campo de conformidade, que será crucial para retomar os negócios perdidos e gerar novos negócios no futuro, especialmente no setor de petróleo e gás e no setor vertical de projetos industriais”, salienta. Outros pontos destacados pela CEO dizem respeito ao fortalecimento da organização de vendas global e à expansão do portfólio de produtos da cadeia de suprimentos.