Nos cinco primeiros meses deste ano, fabricantes de implementos registram queda de 22,39% na comercialização
A Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (Anfir) informa que nos primeiros cinco meses de 2009 as vendas do segmento fecharam com queda de 22,39% em relação ao mesmo período de 2008, quando consideradas todas as famílias. No período, foram emplacadas 40.146 unidades, contra 51.727 de janeiro a maio de 2008.
De acordo com o departamento de estatística da entidade, o mercado de implementos pesados (reboques e semirreboques) registrou queda de 33,91%. Ao todo, foram 15.008 unidades comercializadas nos cinco primeiros meses de 2009, ante as 22.708 unidades computadas em igual período do ano passado.
O segmento basculante apresentou diminuição de 31,83% em relação às 2.240 unidades adquiridas em igual período de 2008. As vendas de graneleiro/carga seca ficaram 41,34% abaixo das 8.501 unidades vendidas de janeiro a maio do ano passado e os canavieiros registraram retração de 26,09% em comparação aos 2.901 implementos absorvidos pelo mercado nos primeiros cinco meses de 2008. A família de baús registrou queda com relação ao modelo lonado de 70,02%, o de carga geral retração de 55,99% e o frigorífico encerrou o período com baixa de 44,17%.
Os fabricantes da linha leve – carroçarias sobre chassis – registraram queda nas vendas de 13,37% nos cinco primeiros meses de 2009. De janeiro a maio deste ano, foram comercializadas 25.138 unidades, contra 29.019 emplacamentos no mesmo período do ano passado.
Segundo o presidente da Anfir, Rafael Wolf Campos, as vendas domésticas continuam sendo o carro-chefe do setor de implementos rodoviários, mas as exportações são extremamente importantes para manter o bom desempenho do segmento. “De janeiro a abril de 2009, no entanto, nossas exportações somaram 828 unidades, resultado 64,31% abaixo das 2.320 unidades exportadas em igual período do ano passado, quando fechamos o exercício com 7.230 unidades exportadas e um crescimento de 2,45% sobre 2007”, diz.
Na opinião do diretor-executivo da ANFIR, Mário Rinaldi, a continuar neste ritmo, as vendas externas de 2009 fecharão o ano em queda em relação a 2008. “Uma pena considerando o desempenho do setor nos últimos três anos. Em 2006, a indústria exportou 1,02% mais que em 2005. Em 2007 exportamos 33% acima do volume do ano anterior e no ano passado nossas vendas externas cresceram 2,45%”, conta.
Campos salienta que a queda dos mercados interno e externo fez a carteira de pedidos do setor despencar. Hoje, lembra o executivo, ela está bem abaixo da que existia na indústria de implementos até agosto de 2008, quando a média de encomendas girava em torno de 45 a 60 dias. “Houve momentos, em que diversas associadas tiveram níveis de encomendas acima de três meses. Hoje estamos trabalhando com cerca de 60% a 70% da capacidade instalada e esses números poderiam ser piores caso não houvesse a redução do IPI no segundo trimestre de 2009”, ressalta.