Números divulgados pela associação revelam que nem a redução do IPI foi suficiente para alavancar as vendas de implementos
O balanço do primeiro quadrimestre de 2009, divulgado ontem pela Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários, revela que a redução do IPI, concedida pelo Governo Federal no final de março, não afetou as vendas do setor – pelo menos até agora. Somando-se todos os modelos de implementos, foram vendidas 31.499 unidades entre janeiro e abril, volume que representa redução de 22,5% sobre o montante comercializado no mesmo período do ano passado, que chegou a 40.656.
A redução recorde foi registrada pelas exportações: foram vendidos ao exterior 623 unidades, o que representa um índice 63,3% menor do que as 1.701 exportações no primeiro quadrimestre de 2008. Na linha pesada, que abrange reboques e semirreboques, a queda nas vendas foi ainda maior: 33,2%. Foram comercializadas 11.839 unidades nos quatro primeiros meses deste ano, contra 17.713 no passado. Na linha leve, representada por carroçarias sobre chassis, a queda foi menor, da ordem de 14,2%, expressa pela venda de 19.659 implementos até abril de 2009, frente os 22.925 do mesmo período do ano passado.
O diretor-Executivo da Anfir, Mário Rinaldi, acredita que só a redução do IPI não será capaz de alavancar as vendas do setor. “É preciso que os bancos ofereçam crédito a juros mais baixos e, principalmente, é fundamental que haja recuperação das exportações, importações e do agronegócio para movimentar o mercado”, enumera Rinaldi, acrescentando que as fabricantes de implementos têm trabalhado em 60% de sua capacidade. Rafael Campos, presidente da entidade, pondera, no entanto, que a situação não é tão feia. “O cenário mais provável para 2009, é ficar próximo dos registros de 2007, o que será um bom resultado já que foi um excelente exercício para o segmento”, afirma Campos.