Grupo registrou queda de 33% na receita bruta, que chegou a US$ 5,4 milhões de dólares até março último
A Companhia Vale do Rio Doce avaliou como sólido o desempenho registrado pela empresa no primeiro trimestre deste ano, apesar da queda de cerca de 33% na receita bruta verificada no período. No balanço divulgado hoje, a holding destaca o impacto desfavorável da crise econômica mundial em curso e a descreve como “a mais severa recessão global no período pós-guerra” e “a mais profunda dos últimos 60 anos”.
O relatório da Vale cita estimativas do FMI, segundo as quais o PIB mundial teria se retraído 6,25% nos últimos três meses de 2008 e recuado outros seis pontos percentuais neste primeiro trimestre de 2009. Por outro lado, o balanço reconhece certa recuperação no ritmo de consumo nos Estados Unidos, no Brasil e no Japão, e informa que a demanda da China por minério de ferro tem sido um de seus melhores mercados nos últimos tempos.
A receita bruta da Vale chegou a US$ 5,4 bilhões no primeiro trimestre de 2009, o que representa queda de 32,6% em relação aos US$ 8 bilhões alcançados no mesmo período do ano passado. Com redução bem maior, da ordem de 42,2%, o EBIT da companhia ficou em US$ 1,7 bilhão, contra US$ 2,9 bilhões no primeiro trimestre de 2008. A margem do EBIT foi de 31,6%.
O EBITDA, indicador composto do lucro operacional antes de juros, impostos, depreciação e amortização, alcançou US$ 2,3 bilhões, o que corresponde a um recuo de 38,8% frente ao mesmo período de 2008, quando este valor ficou em US$ 3,7 bilhões. Com queda de 32,6% sobre os US$ 2 bilhões registrados no ano passado, o lucro líquido foi de US$ 1,4 bilhão.
A Vale informou ainda que sua receita perdeu US$ 1,2 bilhão devido à queda de preços, e outros US$ 843 milhões decorrentes da diminuição do volume operado. As respectivas participações dos diferentes negócios no faturamento total ficou assim: minerais ferrosos 64,7%, minerais não-ferrosos 27,9%, logística 3,7%, carvão 2,5% e outros 1,3%.
A Ásia foi o maior mercado da Vale, responsável por 63,3% das vendas da Vale no período, seguida pelas Américas com 19,9%, e pela Europa com 15%. A China comprou 44,7% do total negociado pela companhia, seguida pelo Brasil com 11,3%, pelo Japão com 8,9%, pela Coréia do Sul com 4,7% e pelos Estados Unidos com 4,1%.