Anfir divulga resultados de 2008 e projeta 2009

Empresas do setor produziram 138.379 unidades. Meta para este ano é disponibilizar cerca de 100 mil

A Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (Anfir) divulgou hoje, dia 12 de fevereiro, o desempenho das empresas do setor no ano de 2008. De acordo com o presidente da Anfir, Rafael Campos, o ano passado seria melhor não fosse a desaceleração ocorrida no último trimestre.

Ao todo, as companhias do segmento fabricaram durante o ano passado 138.379 unidades, um crescimento de 25,65% comparado a 2007, período em que foram disponibilizados 110.126 equipamentos. Na linha pesada (reboques e semireboques), foram emplacadas 54.434 unidades, contra 40.239 do ano anterior, acréscimo de 35,38%. Já na linha leve (carrocerias sobre chassi), foram computados 76.715 implementos, 22,04% acima contra as 62.860 unidades de todo o ano de 2007.

O mercado interno continua como o grande consumidor. O diretor-executivo da Anfir, Mário Rinaldo, calcula que ficaram no país 131.149 unidades, enquanto os embarques alcançaram 7.230 equipamentos, um incremento de 2,45%. Em 2007, as indústrias exportaram 7.057 unidades.

Perspectivas

Para o presidente da associação, o cenário para este ano ainda está indefinido, mas faz uma ressalva. “Nossa expectativa é a de que o setor obtenha em 2009 números similares aos de 2007”, diz. Para ele, caso a previsão se concretize não haverá reflexos negativos às companhias, graças aos bons resultados alcançados nos dois últimos anos.

O mês de janeiro, porém, já apresenta queda. Números da entidade dão conta de que no primeiro mês deste ano as vendas caíram 26,7% se comparadas a dezembro de 2008 e 34,58% frente ao mesmo mês do ano anterior.

Apesar da previsão conservadora e do primeiro mês em baixa, Campos é otimista. “Acredito numa recuperação no segundo semestre”, afirma. Vale lembrar que, hoje, a capacidade produtiva do setor está 35% abaixo.

Para a retomada, o presidente ressalta que é preciso reduzir o imposto sobre produtos industrializados (IPI) – de 5% para zero, pleiteado pela associação junto ao governo Federal – e baixe as taxas de juros. Fomentar o crédito na economia é outra medida, na opinião do executivo, fundamental para a retomada dos negócios.

Mesmo à espera das medidas, Campos informa que as empresas do segmento mantêm os planejamentos para 2009. “Os investimentos não foram cancelados, mas serão feitos de forma moderada”, salienta. Os números consolidados não são divulgados uma vez que a maioria das empresas do setor não os fornece.

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