Retração de 19,1% em janeiro é reflexo da fraca demanda de exportação
A movimentação de cargas no Porto de Santos no primeiro mês de 2008 registrou queda de 4,1%. O número é reflexo da fraca demanda de exportação, que acusou diminuição de 19,1%. O total do mês de janeiro atingiu 5.377.952 toneladas. A previsão de fechamento para o final deste ano aponta para uma expansão de 5,4%, devendo chegar a 85 milhões de t.
Com 2.966.138 t, as exportações representaram, em janeiro, uma participação de 55,15%, índice suficiente para inibir, no total, o crescimento de 24,1% nas importações, que alcançaram 2.411.814 t.
As exportações caíram, forçadas pela redução nos embarques de açúcar (54,4%), sucos (23,2%) e óleo combustível (37,5%), produtos responsáveis por 25% de participação nessa modalidade.
O aumento das cargas de importação foi impulsionado pelo crescimento de produtos de elevada movimentação, como adubo (318.723 t), carvão (268.566 t) e trigo (255.408 t) que, juntos, representaram 35% do total importado.
As operações com cargas conteinerizadas mantiveram a tendência de crescimento, apontando aumento de 11,4%, com 136.480 unidades descarregadas e embarcadas.
A movimentação de veículos, nos dois fluxos, apresentou aumento de 18,4%, totalizando 17. 130 unidades, das quais 16.667 para exportação.
Já o fluxo de embarcações cresceu 8,4% em janeiro, atingindo 480 atracações em Santos.
Balança comercial
O porto santista contabilizou o total de US$ 6,6 bilhões em valor comercial das cargas negociadas com o mercado externo, mantendo sua posição de liderança com 25,8% de participação no total brasileiro. O fluxo equivaleu a 6% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em janeiro.
O valor das cargas de exportação totalizou US$ 3,38 bilhões, registrando um crescimento de 12,6% e uma participação de 25,5% no total das exportações nacionais no período. Os principais países importadores, por meio de Santos, foram Estados Unidos, Argentina, Holanda, Bélgica e Alemanha. As cargas que se destacaram foram carnes desossadas, café em grãos e automóveis.
Nas importações, o valor chegou a US$ 3,19 bilhões, acusando crescimento de 57,8%, representando 25,9% do total nacional. Os embarques ocorreram, principalmente, nos portos dos Estados Unidos. As cargas mais negociadas foram trigo, partes de aeronaves e de acessórios para veículos (automóveis e tratores).