Anfavea divulga balanço de 2007

Produção e licenciamento de caminhões cresceram no ano passado

A produção brasileira de caminhões (montados e CKD) foi 29% maior nos doze meses de 2007 em comparação com idêntico período de 2006, segundo os dados divulgados hoje pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Enquanto em 2006 foram fabricadas 106.001 unidades entre janeiro e dezembro, a produção de caminhões no ano passado chegou a 136.760 unidades.

“As razões para o crescimento da indústria automobilística foram principalmente a expansão do volume de crédito e o aumento da taxa de emprego, que trouxe mais consumidores para o segmento”, explica Jackson Schneider, presidente da Anfavea. As maiores altas na produção de veículos montados foram de caminhões semipesados (39,6%) e pesados (38,3%), mas houve também crescimento na fabricação em todas as outras categorias (semileves, leves e médios). Já o crescimento na produção de caminhões desmontados (CKD) foi de 28,9%, saindo de 2.712 unidades em 2006 para 3.497 em 2007, e destaca-se o aumento de 1.591,7% na produção de modelos médios de 24 unidades em 2006 para 406 nos doze meses de 2007.

Esse aumento na produção se refletiu no licenciamento de caminhões nacionais novos: em 2006, foram licenciados 72.930 veículos e, em 2007, 95.170, um incremento de 30,5% na comparação entre os dois anos, novamente com maior participação de veículos pesados e semipesados. O licenciamento de caminhões importados novos foi exatamente o mesmo em 2006 e em 2007 (3.328 unidades).

Exportações em alta

Em relação às vendas para o exterior, houve um aumento de 7,9% no número de unidades comercializadas (montadas e CKD) na comparação entre 2007 e 2006: no ano passado, foram exportados 41.190 caminhões e, em 2006, 38.188 unidades. Este crescimento foi impulsionado pelas vendas de modelos montados semipesados (13.040 unidades), um aumento de 18,2% em relação a 2006, e também de modelos pesados, que atingiram 18.505 unidades, um incremento de 7,2%.

O aumento da alíquota do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) não deverá, na opinião de Schneider, trazer impactos profundos na produção em 2008: “É difícil fazermos uma previsão, mas acreditamos que não haverá nenhum impacto negativo com o aumento do imposto, por isto não revisamos as nossas previsões de crescimento na fabricação de autoveículos em 2008, estimado em 9%”. Ele acrescenta que nenhuma previsão específica foi realizada para o segmento de caminhões, mas os números devem ficar próximos dos índices totais previstos, em função da idade avançada da frota brasileira.

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