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EBITDAR consolidado da ALL cresce 60,8%

Por Redação em 18 de maio de 2007 às 16h20 (atualizado em 10/05/2011 às 10h59)

Resultado reflete processo de reestruturação na malha norte

A ALL – América Latina Logística anunciou os resultados do primeiro trimestre de 2007, com crescimento de 60,9% de EBITDAR (lucro antes dos juros, imposto de renda, depreciação, amortização e aluguel de vagões) em comparação aos três primeiros meses de 2006 (de R$ 121,4 para R$ 195,3 milhões). A receita bruta ficou praticamente estável no primeiro trimestre de 2007 em comparação ao mesmo período de 2006, atingindo R$ 488,1 milhões, e o resultado líquido passou de uma perda de R$ 80 milhões, nos três primeiros meses de 2006, para uma perda de R$ 16 milhões no primeiro trimestre este ano.

Esses resultados já incluem a operação da Brasil Ferrovias, e, para uma melhor comparação, as variações contra o ano anterior consideram os resultados combinados do primeiro trimestre de 2006 da ALL e da Brasil Ferrovias.

O aumento no EBITDAR consolidado no primeiro trimestre de 2007 foi um reflexo principalmente da forte redução de custos e dos ganhos operacionais na Brasil Ferrovias no segundo semestre de 2006. A margem de EBITDAR consolidada aumentou 17 pontos percentuais, de 28,2% para 45,6%.

O volume consolidado cresceu 2,1%, de 6,7 bilhões de TKUs para 6,9 bilhões de TKUs, com incremento de volume de 19,4% nos fluxos intermodais industriais. “Tivemos um ótimo trimestre no segmento industrial, com fortes ganhos de market share”, afirma Bernardo Hees, diretor-presidente da ALL.

O crescimento do volume intermodal resultou principalmente de maiores volumes de madeira, papel e celulose (53,7%), contêineres (19,2%) e produtos alimentícios (15%). Como os volumes de fluxos intermodais continuam a crescer a taxas mais aceleradas que os fluxos industriais ferroviários – isto é, fluxos de combustíveis e de produtos de construção civil –, a ALL tem a expectativa de continuar a ter uma participação cada vez maior deles no volume total industrial.

Nos segmentos de combustíveis, construção e óleo vegetal (transportados quase exclusivamente por ferrovia pela ALL), os volumes cresceram 9,7% e 15,8% nos dois primeiros, respectivamente, e diminuiu 4% no último, na comparação entre os primeiros trimestres de 2007 e 2006.

O volume de produtos industrializados como um todo cresceu 11,4%, e o de produtos agrícolas caiu 1,5%, em comparação com o primeiro trimestre de 2006. A queda no volume agrícola, de quatro milhões de TKUs no primeiro trimestre de 2006 para 3,9 milhões de TKUs, ficou concentrada na parte norte da malha ferroviária da ALL (Brasil Ferrovias), principalmente nos meses de janeiro e fevereiro, dada a necessidade de tempo para a adaptação às operações e sistemas já existentes. Adicionalmente, o volume agrícola teve o impacto negativo da eliminação do modal rodoviário entre as cidades de Campinas e Santos, no estado de São Paulo.

“A decisão de oferecer transporte ferroviário direto desde o Mato Grosso até o Porto de Santos, e a conseqüente eliminação da dispendiosa ponta rodoviária entre o Terminal de Cnaga, em Campinas, e o porto, possibilitou um forte aumento de margem, mas elevou o tempo de trânsito, reduzindo o crescimento de volume agrícola”, afirma Hees, acrescentando que a diminuição na produtividade do material rodante deve-se ao fato da velocidade média e dos ciclos dos vagões serem piores neste trecho.

Durante o trimestre, houve um crescimento em cargas de retorno, com o volume de fertilizantes aumentando 130,9%, compensando a redução no transporte de soja (-1,3%), farelo de soja (-42,1%), açúcar (-11,4%) e trigo (-72,8%). “O volume agrícola é tipicamente de exportação, saindo do interior para os portos, e as cargas de retorno ocorrem em menor número em geral, em nosso caso principalmente fertilizantes”, explica Rodrigo Campos, gerente de Relações com Investidores da ALL.

Argentina

A receita bruta da ALL Argentina aumentou 19,6%, passando de 48,5 milhões de pesos (R$ 31,5 milhões) nos três primeiros meses de 2006 para 58 milhões de pesos (R$ 37,7 milhões) no primeiro trimestre de 2007, com um volume estável de 963 milhões de TKUs. O foco foi nos fluxos de commodities agrícolas com margens mais elevadas, em uma estratégia da ALL de concentrar mais vagões neste segmento em detrimento aos fluxos de produtos siderúrgicos – o aumento foi de 20,8% no volume, passando de 145,3 milhões de TKUs para 175,5 milhões de TKUs, principalmente nos mercados de milho, soja e fertilizantes.

Em decorrência dessa estratégia, o volume de produtos industriais caiu de 818,2 milhões de TKUs no primeiro trimestre de 2006 para 787,5 milhões de TKUs nos três primeiros meses de 2007, com queda nos volumes de aço e de carga conteinerizada, mas foram registrados ganhos de participação de mercado no transporte de produtos alimentícios (53,6%) e de construção (7%).

www.all-logistica.com

 

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