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Movimento dos portos de Pernambuco cresce 8% em janeiro

Por Redação em 9 de fevereiro de 2007 às 12h06 (atualizado em 10/05/2011 às 11h35)

Operações com açúcar no Porto de Recife foram destaque positivo, enquanto Suape registrou queda nas exportações

O bom desempenho do Porto do Recife, impulsionado pelas operações com o açúcar, garantiu um aumento de 8% no volume total de movimentação de cargas em Pernambuco no mês de janeiro: foram operadas pouco mais de 764 mil toneladas nos dois portos do estado, contra 707 mil no mesmo mês de 2006. O principal destaque foi o crescimento de 106,5% das exportações no Porto do Recife, de 70 mil toneladas em janeiro de 2006 para 144 mil em janeiro deste ano.

“O que mais influenciou nesse resultado positivo foi o açúcar”, explica a diretora de Operações e Engenharia do Porto, Ruth Albuquerque. As operações em sacos cresceram quase 247% e, a granel, 231%, na comparação entre os meses de janeiro de 2006 e 2007. “É nosso grande parceiro, tudo o que acontece com o açúcar afeta o Porto do Recife. O resto está dentro da média, com períodos de maior e menor fluxo”.
 
A partir das informações fornecidas pelo Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool no Estado de Pernambuco (Sindaçúcar), o Porto do Recife trabalha com a perspectiva de aumento das operações da commodity este ano. Em soma ao incremento das importações de coque anunciadas pela Votorantim, a diretoria do porto vislumbra uma movimentação entre cinco e 10% maior em relação a 2006.

No total de operações de longo curso, o Porto do Recife também oscilou positivamente, saltando de pouco mais de 165 mil toneladas para quase 197 mil. Também houve um aumento expressivo (87%) na movimentação de cabotagem e nas operações com o Mercosul (59%).

Exportações de granéis líquidos

Após fechar 2006 com um incremento de 24% na movimentação de cargas, o Complexo Industrial e Portuário de Suape (PE) iniciou 2007 em ritmo desacelerado. Em janeiro, o porto registrou uma retração de 3% no volume movimentado: foram 470 mil toneladas no primeiro mês deste ano contra 484 mil em janeiro de 2006. O desempenho tímido está relacionado principalmente a uma queda expressiva no longo curso total (- 23%), causada pelo recuo das exportações de bens intermediários.

Como reflexo desse quadro, as exportações em Suape no longo curso despencaram 61%, de 131 mil toneladas em janeiro de 2006 para 51 mil em este ano. Já as importações tambémem longo curso, embaladas pelo dólar em baixa, cresceram 41%, de 77 mil toneladas para 109 mil na comparação entre os mesmos dois meses – no somatório, as cargas apresentaram uma retração de 208 mil toneladas para 160 mil.
 
Na cabotagem, o desempenho foi melhor: houve uma expansão de 12%, de 276 mil para 310 mil toneladas. O aumento reflete em boa parte a volta do transbordo de gás liquefeito de petróleo (GLP) aos níveis tradicionais. A Petrobras utiliza Suape como base distribuidora regional do produto, mas estava reduzindo os volumes desde 2004 devido a problemas tributários.
 
A questão foi solucionada com um acordo entre a empresa e o Governo de Pernambuco, no final do ano passado. O fim do impasse impulsionou a movimentação de granéis líquidos, que cresceu 30% no mês, passando de quase 215 mil toneladas em janeiro de 2006 para pouco mais de 279 mil no mês passado.
 
Novas operações

Os contêineres, após a entrada em operação do terminal da Tecon Suape em 2002, estão aumentando a sua presença e já respondem por cerca de 40% da movimentação total do porto. Apesar de ter crescido 11%, de 17 mil TEUs em janeiro de 2006 para 19 mil em janeiro deste ano, o volume movimentado de contêineres em Suape não acompanhou esta expansão, com um incremento de somente 3%, de quase 176 mil para 180 mil toneladas..

Embora tenha acontecido essa retração no mês de janeiro, o diretor de Operações de Suape, João Poggi Neto, se mantém otimista em relação a 2007. Ele prevê que o complexo terá um crescimento entre 20% e 30% sobre as 5,3 milhões de toneladas registradas em 2006. “Esse ano, teremos a retomada da operação do terminal de minérios da Mhag Mineração e um incremento nas importações com a entrada em funcionamento da fábrica de resina PET do grupo italiano Mossi & Ghisolfi, que também vai embarcar o produto final por Suape”, acredita ele.
 
Inaugurado no ano passado, o terminal da Mhag realizou uma única exportação para a China e logo depois ficou paralisado, devido a gargalos na logística terrestre da empresa. A expectativa é dos reparos nas rodovias potiguares permitirem a retomada do funcionamento do terminal de Suape.

www.portodorecife.pe.gov.br

www.suape.pe.gov.br

 

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