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Indústria de implementos fecha 2006 com desempenho similar a 2005

Por Redação em 8 de dezembro de 2006 às 15h08 (atualizado em 27/04/2011 às 18h18)

Vagões registram queda na produção este ano

O setor fabricante de implementos rodoviários de carga (reboques, semi-reboques, bitrens, rodotrens e carrocerias) encerrará o ano de 2006 com uma produção praticamente igual ao volume conquistado em 2005. De acordo com o diretor do Departamento Rodoviário do Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários (Simefre), Marcos Zanotti, a indústria deverá fechar 2006 com cerca de 33 mil unidades de reboques e semi-reboques fabricadas, contra 34 mil equipamentos no ano passado, além de 45 mil carrocerias instaladas em chassis de caminhão, contra 44 mil do ano passado.

“O primeiro semestre de 2006 teve início com um desempenho abaixo do estimado no setor de implementos, por conta das baixas na cotação do dólar e no preço dos grãos”, explica Zanotti. “E o desempenho ruim no segmento de caminhões para longa distância no primeiro semestre também contribuiu para a diminuição das vendas de implementos. Muitos fabricantes voltados para o setor graneleiro tiveram que mudar o seu foco de trabalho e passaram a produzir baús e siders, por exemplo”.

Do total produzido em 2006, Zanotti estima que 28.500 unidades deverão ser comercializadas no mercado doméstico (em 2005, foram 30 mil) e 4.500 exportadas, ou seja, 500 unidades a menos do que a meta estabelecida pelos empresários da área no final do ano passado. O setor deve fechar o ano com um faturamento de R$ 1,9 bilhão, contra uma previsão feita no final de 2005 da ordem de mais de R$ 2 bilhões.

Segundo o diretor, o fator positivo em 2006 foi a expansão do setor sucroalcooleiro, que já vinha em destaque e deverá se manter aquecido pelo menos nos próximos três anos – o aumento na fabricação dos carros bi-combustível, a tendência mundial no uso de combustíveis renováveis e a crescente exportação do açúcar brasileiro são os principais responsáveis por este crescimento do setor.

Em 2007, Zanotti acredita que o setor conseguirá fechar o ano com um faturamento até 10% maior do que o registrado em 2006. Esta estimativa tem como base a mudança no mix dos produtos fabricados, que visam atender não somente ao setor sucroalcooleiro, mas também de combustíveis e de produtos industrializados, e a conseqüente diminuição da dependência do setor de grãos. “No entanto, há uma perspectiva de aumento da produção agrícola e a fabricação de implementos rodoviários deverá acompanhar esta tendência de crescimento”, alerta Zanotti.

Indústria de vagões registra queda

Com capacidade instalada anual para fabricar 12 mil vagões, 400 carros de passageiros e 32 locomotivas leves, o setor metro-ferroviário fechou os dez primeiros meses de 2006 com uma produção de 3.449 vagões e 89 carros de passageiros (inclusas 43 caixas). De janeiro a outubro do ano passado, a indústria fabricou 5.693 vagões (com uma caixa inclusa) e 132 carros de passageiros (com dez caixas inclusas).

Os diretores do Departamento Ferroviário do Simefre, Oberlam Calçada e Luiz Fernando Ferrari, acreditam que a indústria deverá fechar o exercício com cerca de quatro mil vagões produzidos, ou seja, 2.986 unidades a menos do que os 6.986 fabricados em 2005 – o resultado está abaixo até do volume apresentado durante o ano de 2004, quando foram produzidos 4.321 vagões. Nos primeiros dez meses de 2006, as vendas externas do setor ferroviário fecharam na casa dos 75 vagões, enquanto de janeiro a outubro de 2005 as exportações somaram 323 vagões (o ano passado fechou com a venda de 348 unidades).

De janeiro a outubro de 2006, as vendas domésticas do setor ferroviário de carga foram as responsáveis por 3.449 vagões, contra 5.370 unidades comercializadas em igual período de 2005. Os pedidos em carteira, tendo como data-base 31 de outubro de 2006, relacionavam encomendas de 277 vagões à indústria ferroviária para atender compromissos com clientes no mercado interno a partir de novembro passado.

Em 2007, a expectativa é de reverter este quadro de queda com a aposta em novos mercados: “Vemos uma expansão forte nos setores de álcool, açúcar e produtos petroquímicos e devemos produzir vagões com preços competitivos para atender a estes segmentos”, afirma Calçada. Uma maior aproximação entre os fabricantes e os clientes foi apontada por Luís Cesário Amaro da Silveira, presidente da Abifer, como uma das soluções para diminuir os efeitos da retração no mercado: “Temos que ter uma orientação das concessionárias ferroviárias com suas previsões e receber estas informações para nos programarmos”.

www.simefre.org.br

 

 

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