Objetivo é dar suporte ao planejamento de intervenções públicas e privadas na infra-estrutura e na organização dos transportes
O ministério dos Transportes e o Centro de Excelência em Engenharia de Transportes (Centran), do Ministério da Defesa, estão realizando em parceria o desenvolvimento do Plano Nacional de Logística e Transportes (PNLT). O programa visa a realizar melhorias importantes na estrutura logística brasileira a partir de 2007. A intenção é ter a versão final do plano em dezembro deste ano para depois colocar em prática as ações.
Segundo o Coronel Paulo Roberto Dias Morales, secretário-executivo do Centran, o objetivo do PNLT é “retomar o planejamento nacional dos transportes e também pensar na defesa territorial do Brasil.” Quarta-feira 16, foi realizado no auditório do MT o segundo workshop do PNLT, com a presença de membros do MT, do Centran e de empresas privadas. Para o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, o estudo vai nortear as ações da pasta. “Há cerca de 20 anos não se faz um estudo como este, que vai estar com a chancela de todos os setores de transportes e logística do País”, disse.
Como a intenção é terminar o plano até o final de 2006, mais três workshops estão programados, para 4 de julho, 15 de agosto e 17 de outubro. Nessas reuniões, serão definidos modelos, zoneamento e metodologia dos projetos, identificação dos gargalos existentes nos vários modais, entre outros assuntos determinantes para a definição do PNLT. Vários atores do setor privado já estão participando.
A seqüência do plano prevê um fórum de debate, a elaboração do relatório final e depois a apresentação do PNLT. A primeira apresentação deve acontecer em Brasília, em 19 de dezembro. Estarão presentes órgãos do governo federal e potenciais investidores nacionais. Três dias depois, o plano será apresentado para organismos internacionais de financiamento, representantes de governos estrangeiros e possíveis investidores.
Segundo o Coronel Dias, o PNLT terá estratégias definidas para curto, médio e longo prazo. “Queremos deixar o plano preparado para a continuidade”, diz ele, afastando a hipótese de este ser um programa apenas do atual governo. “Este é um plano de Estado, não de governo”, diz ele. “É um plano neutro e técnico, que se preocupa com o lógico, o racional e o científico e está acima de vontades políticas”, diz.
O próximo passo do PNLT é o intercâmbio de informações com as secretarias estaduais de Planejamento. Elas fornecerão dados como potencial agrícola, econômico e o volume de transporte esperados nos Estados. “Queremos melhorar a infra-estrutura do Brasil, baixando os custos e usando a intermodalidade”, diz o Coronel Dias.
No plano serão elaborados portfólios de projetos para curto, médio e longo prazo, mas as medidas tomadas não são exclusivamente na melhoria da infra-estrutura. “O PNLT não será feito só de projetos”, explica o Coronel Dias. “Também indicará ações no sentido de operacionalizar a parte logística e de transportes, evitando que burocracias atrapalhem”, diz.