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JLL divulga estudo sobre ocupação de condomínios logísticos

Taxa de vacância no segundo trimestre deste ano é de 9,34%, a menor já registrada desde que o setor passou a ser monitorado, em 2013
Por Redação em 25 de agosto de 2022 às 10h10

A consultoria imobiliária JLL divulgou o First Look, uma análise que apontou que o mercado de condomínios logísticos de alto padrão segue aquecido. A taxa de vacância no segundo trimestre deste ano é de 9,34%, a menor já registrada desde que o setor passou a ser monitorado, em 2013. O índice é 3,53 pontos percer percentuais (pp) inferior em relação ao mesmo período do ano passado.

Já a absorção bruta foi de 1,2 milhão de m² e a líquida chegou a 984 mil m² de maio a junho.

O gerente de Industrial, Logística e Data Center da JLL, André Romano, destaca que a queda na vacância é ainda mais representativa porque houve entrega de novo estoque. “Foram mais de 680 mil m² entregues em vários estados. No ano, já acumulamos mais de 1,2 milhão de m² de novos espaços logísticos. Muitos deles já foram absorvidos em sua totalidade, demonstrando o apetite do setor.”

O executivo diz ainda que  negociações importantes têm acontecido fora do Sudeste. “Isso mostra uma busca por terrenos mais baratos por parte das construtoras e o aumento da capilaridade das empresas e das indústrias, que se esforçam para reduzir tempo e taxa de entrega”, analisa Romano.

A projeção da JLL é que, até o final de 2022, sejam entregues mais 2,4 milhões de m² de novo estoque em todo o país. “Esse alto volume pode fazer a vacância subir cerca de 2 p.p., mas não haverá queda nos preços. Há variações de valores conforme a região, porém, na média, o preço praticado pelo metro quadrado está 11,30% superior do que há um ano, atingindo a casa de R$ 21,98”, diz o gerente de Industrial, Logística e Data Center da JLL.

Ainda de acordo com a pesquisa da JLL, os valores devem entrar em equilíbrio na maior parte do Brasil e estados que estão com os mercados mais aquecidos podem ter valores mais altos de aluguéis, como Minas Gerais e Rio de Janeiro.

O estado de Minas Gerais, aponta o estudo, vem se destacando frequentemente dentro do setor de condomínios logísticos. No segundo trimestre de 2022, a região atingiu a vacância de 0,81%, ou seja, quase não há mais espaços disponíveis para serem absorvidos. Por conta desse cenário, o estado deve receber mais de 500 mil m² de novo estoque até o final do ano.

“A relevância de Minas tem crescido gradativamente porque se trata de um polo estratégico – está perto do eixo Rio-SP, com preços, muitas vezes, competitivos, e tem saída para o interior do Brasil”, avalia Romano.

A expectativa é que, até o final de 2023, o estoque mineiro de condomínios logísticos ultrapasse o do Rio de Janeiro.

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