A Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (Anfir) divulga que as empresas do setor emplacaram, de janeiro a agosto de 2020, 73.700 unidades ante 78.600 no mesmo período de 2019, retração de 6%. Apesar disso, há otimismo e a indústria de implementos rodoviários poderá emplacar este ano aproximadamente 114 mil produtos. Se a expectativa for confirmada esse volume representará queda de 5% em relação ao comercializado em 2019. “A economia brasileira já dá sinais de reação constante e a recessão poderá ser mais curta que a anterior”, diz o presidente da associação, Norberto Fabris.
Segundo Fabris, o momento atual é diferente daquele enfrentado de 2014 a 2018 e por isso a recessão poderá ser mais curta. “ A crise anterior nos fez melhorar nossos processos, reduzir nossos custos e racionalizar nossas operações. Na prática, quando a desaceleração da economia chegou estávamos preparados.”
O pior momento de queda no ano foi registrado no balanço de janeiro a maio, quando o total de emplacamentos ficou 20% abaixo do registrado no mesmo período de 2019. A partir daí a economia tem mostrado melhor desempenho, refletindo nos percentuais de retração, que passaram para 13%, 8% e os atuais 6%. Atualmente, dos 15 segmentos que formam o setor de reboques e semirreboques oito já apresentam resultado positivo. E no setor de carroceria sobre chassis, em sete, três estão positivos.
“Mas com certeza um dos melhores efeitos da recuperação é a contratação de mais pessoal”, afirma Fabris. Em 2020 as indústrias associadas à Anfir assinaram a carteira de trabalho de mais 500 pessoas, passando de 45 mil colaboradores em 2019 para 45.500 este ano.