O Porto de Antonina (PR) registrou, segundo o Ministério da Infraestrutura, o quinto maior crescimento entre 19 portos brasileiros em 2019. O volume de carga movimentado foi 17,3% maior do que o registrado em 2018. A média nacional de crescimento entre os portos públicos do país foi de 10,3%.
Em 2019, passaram pelo Porto de Antonina 908.377 toneladas. Do total, 559,4 mil t referem-se à importação de fertilizantes, que cresceu 18% em relação a 2018. A exportação de açúcar ensacado cresceu 7% em relação ao registrado em 2018. Já com o farelo de soja, o crescimento da movimentação superou a casa de 18%.
Segundo o diretor-presidente do Terminais Portuários Ponta do Félix (TPPF), empresa responsável pelas operações no porto, Gilberto Birkhan, a meta para 2020 é manter índices elevados de expansão. “O fundamental é reconhecer essa nova etapa dentro do TPPF, com mais consistência na prestação de serviços, principalmente de armazenagem de produto e trabalho especializado com cargas diferenciadas”, ressalta.
De acordo com Birkhan, o TPPF projeta crescer 70% em 2020 e movimentar cerca de 1,5 milhão de toneladas de produtos, principalmente farelo de soja não transgênico e fertilizantes. Para o executivo, uma das principais vantagens do local para quem comercializa esses produtos é o terminal alfandegado com entreposto aduaneiro, que permitiu crescimento de 47% de fertilizantes entrepostados.
“O produto quando chega em nossos armazéns permanece em propriedade do exportador lá de fora”, explica. Além disso, continua, o produto pode ficar no Paraná ou ser nacionalizado para o estado de Goiás, por exemplo, sem o pagamento do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS) interestadual.
Vale ressaltar que quando o produto chega com destino determinado no Brasil e o cliente tem a necessidade de alterar o destino, estado de consumo ou uso, ele será taxado com ICMS. Essa cobrança pode ser evitada com a utilização do entreposto aduaneiro. “Obviamente também fazemos descarga direta, o produto vai direto para o destino final. Mas a grande oportunidade é o entreposto aduaneiro, que o TPPF oferece”, completa o diretor-presidente.
Além da vantagem do entreposto, Birkhan afirma que o TPPF conta também com melhorias na estrutura marítima para manter o crescimento. “Estamos na expectativa de aumento da profundidade em nosso calado, o que permitirá alavancar ainda mais esses números.”