A Santos Brasil informa que o volume total de movimentação de cais em seus três terminais – Santos (SP), Imbituba (SC) e Vila do Conde (PA) – cresceu 20,3% no segundo trimestre de 2019 em relação ao mesmo período de 2018, totalizando 320.079 contêineres. As operações de longo curso representaram 75,1% do total movimentado e as de cabotagem 24,9%.
O Tecon Santos movimentou 282.496 contêineres no período, aumento de 23,4% em relação ao segundo trimestre de 2018. O crescimento apresentado pelo terminal no trimestre superou em mais de cinco vezes o crescimento do Porto de Santos no mesmo período, que foi de 4,1%.
Com o volume movimentado no primeiro semestre de 2019, o Tecon Santos apresentou, em base anualizada, utilização de 80% da capacidade instalada e alcançou 41,3% de participação de mercado, mantendo a liderança no Porto de Santos. Nas rotas de navegação que escalam o terminal santista, os serviços asiáticos apresentaram o maior crescimento, reflexo do aquecido comércio entre Brasil e China. O Tecon Santos opera dois dos quatro serviços asiáticos que atualmente escalam o Porto de Santos, o que representa uma participação de mercado de aproximadamente 45% nesta rota comercial.
No Tecon Vila do Conde, o volume de contêineres movimentados cresceu 21% de abril a junho deste ano, atingindo 27.270 unidades. As operações de longo curso representaram 67,1% do volume total e tiveram crescimento de 14,1% no período. As exportações cresceram 23,3%, com destaque para os embarques de manganês e cobre. As importações tiveram incremento de 3,8%, revertendo a queda no trimestre anterior. Outro vetor de crescimento foram as operações de carga de projeto nos meses de maio e junho, com a importação de equipamentos e máquinas para duas grandes mineradoras e uma hidrelétrica localizadas na região.
Em Santa Catarina, o Tecon Imbituba movimentou 10.313 contêineres no segundo trimestre de 2019, 30% abaixo do volume registrado no mesmo período do ano anterior. A queda é explicada pela redução na movimentação de contêineres de longo curso, em decorrência da descontinuação do serviço asiático ASAS em janeiro de 2019, que deixou de existir devido à reorganização dos serviços dos armadores Maersk, Hamburg Süd, MSC e Hapag Lloyd na Costa Leste da América do Sul. Apesar disso, as operações do Terminal de Carga Geral (TGG) de Imbituba vêm compensando esse impacto. No segundo trimestre de 2019, o TCG operou 94,6 mil toneladas, mais do que o dobro do volume movimentado no ano anterior, com destaque para a importação de produtos siderúrgicos e barrilha e exportação de toras de madeira para o mercado chinês.
O volume de contêineres armazenados da Santos Brasil Logística cresceu 9% no segundo trimestre de 2019, impulsionado pela renovação e também assinatura de contratos ao longo do período, sobretudo com clientes do setor químico, importadores de fertilizantes e defensivos agrícolas.
O Terminal de Veículos (TEV) movimentou 53.435 veículos no segundo trimestre de 2019, queda de 33,9% em relação ao mesmo período de 2018, decorrente principalmente das menores exportações de veículos das montadoras brasileiras para o mercado argentino. Por outro lado, houve melhora do mix com o crescimento de 10,4% nas importações, que passaram a representar 17,7% do total de veículos movimentados no trimestre. No primeiro semestre de 2019, a utilização da capacidade do TEV, em base anualizada, foi de 68,2%.
De acordo com o diretor Econômico-Financeiro e de Relações com Investidores da Santos Brasil, Daniel Pedreira Dorea, apesar do ritmo ainda lento de recuperação da economia brasileira, sem crescimento relevante no consumo, na indústria e no fluxo de importação, o desempenho positivo registrado pela Santos Brasil coroa iniciativas bem-sucedidas na contratação, ainda em 2018, de serviços com volume e mix rentáveis e continuado rigor no controle de custos e despesas.
Ainda segundo o executivo, num horizonte um pouco mais longo, a companhia deve experimentar um ciclo positivo mais amplo de crescimento, impulsionado não apenas pela retomada da atividade doméstica, com inflação controlada e juros baixos, mas também pela agenda de abertura comercial.
No segundo trimestre de 2019, a companhia apresentou lucro líquido de R$ 6,3 milhões, comparado ao prejuízo líquido de R$ 4 milhões no segundo trimestre de 2018. A receita líquida consolidada cresceu 14,9%, totalizando R$ 264,9 milhões no período, resultado do aumento dos volumes de movimentação de contêineres e carga geral, bem como da recomposição parcial de preços.
A Santos Brasil registrou Ebitda de R$ 58,7 milhões, com margem de 22,2%. O Ebitda pró-forma totalizou R$ 35 milhões, com margem de 13,2%. Em base recorrente, o Ebitda pró-forma foi de R$ 42,6 milhões, com margem de 16,1%;
O saldo de caixa da empresa no período foi de R$ 460,3 milhões, com uma dívida líquida de R$ 19,8 milhões. Os investimentos somaram R$ 46,3 milhões, sendo R$ 41,3 milhões destinados ao projeto de ampliação do Tecon Santos, que adicionará 220 metros ao cais atual, que passará a ter 1.510 m de extensão, considerando os 310 m do cais do TEV.