O Terminal de Contêineres de Salvador, pertencente ao Grupo Wilson Sons, registrou, em 2018, pela modalidade cabotagem, a movimentação de 47.675 contêineres, crescimento de 9% frente a 2017. As maiores demandas foram de arroz, com 10.351 contêineres provenientes do Sul do país, químicos e petroquímicos, com 8.930 contêineres com origem e destino nas regiões Sul e Sudeste, além de alimentos, com origem em todas as regiões brasileiras, e construção civil, proveniente do Sul e do Nordeste.
Com esse índice, o terminal chega a seis anos seguidos de recordes na modalidade, período em que atraiu clientes dos mais diversos segmentos, como químicos, bebidas, alimentos, cimento (com origem no estado do Ceará), e minério (vindo do Sul da Bahia).
De acordo com a diretora comercial do Tecon Salvador, Patrícia Iglesias, o terminal vem se destacando na cabotagem por diversas razões. “De um modo geral, grandes empresas estão descobrindo a cabotagem como solução logística no país. Dentre os benefícios do modal, estão a redução de custos em até 30% nas rotas de maior distância e maior segurança para as cargas, com menor risco de avarias e roubo”, explica.
A executiva diz, ainda, que nesse último ano houve um fator que reforçou a necessidade de diversificar a movimentação de carga no Brasil. “Com a greve dos caminhoneiros, mais empresas se interessaram pelo escoamento marítimo. A navegação costeira tem muito a contribuir com a cadeia de distribuição de cargas no país. É preciso incentivar, falar mais sobre o assunto”, completa.
O Tecon Salvador foi o segundo terminal do Brasil a obter da Capitania dos Portos a autorização para operar navios com 366 metros, conta com escalas semanais e trabalha com os três armadores que operam cabotagem no Brasil. Possui, também, uma célula comercial dedicada exclusivamente a desenvolver e mapear possibilidades para a cabotagem via Salvador, por meio das unidades em Manaus e São Paulo, além do escritório na capital baiana.