A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) divulgou hoje, 05 de janeiro, os resultados obtidos pelas empresas do setor no ano de 2017. Ao todo, foram licenciados, entre veículos nacionais e importados – leves, caminhões e ônibus –, 2,23 milhões de unidades, crescimento de 9,2% quando relacionados aos 2,05 milhões de veículos de 2016.
Os emplacamentos de caminhões refletem os números totais anunciados pela entidade. Apenas nacionais, foram 50.158 veículos colocados em circulação em 2017, contra 48.742 durante todo o ano anterior, incremento de 2,9%. Já o licenciamento de importados apresentou uma pequena retração, 1,9%, com 1.783 caminhões comercializados em 2017 e 1.817 de janeiro a dezembro do ano anterior. Vale ressaltar que, consolidando os dados dos licenciamentos de nacionais e importados, o crescimento foi de 2,7% quando comparados os números de 2017 frente a 2016.
As exportações de veículos montados seguiram o ritmo positivo. Ao todo, foram embarcados de janeiro a dezembro de 2017 28.288 caminhões, crescimento de 31,3% em relação a 2016, 21.548 unidades. Os envios de CKDs também aqueceram no ano passado, num total de 6.757 unidades, contra 4.238 em 2016.
Quanto à produção, 2017 marcou o início da retomada no segmento. Ao final do ano, as fábricas contabilizaram 82.887 veículos montados, acréscimo de 37% frente 2016, quando foram industrializados 60.482 caminhões.
O presidente da Anfavea, Antonio Megale, é otimista quanto aos cenários político e de mercado em 2018, e nem por se tratar de um ano eleitoral o executivo reavalia as projeções. “Há certa instabilidade política, mas nossas questões institucionais estão estáveis e esse aspecto é muito importante para os agentes econômicos. Temos um vetor positivo e de confiança no País”, diz.
Os números esperados para este ano reforçam a teoria de Megale. De acordo com ele, a expectativa é a de que o setor automotivo licencie, entre veículos leves, caminhões e ônibus, 2,5 milhões de unidades, fomento de 11,7% no desempenho obtido em 2017. Apenas pesados – caminhões e ônibus – a tendência é de crescimento de 24,7% nos licenciamentos, 12,8% nas exportações e 16,2% na produção. “Desde 2012 observamos uma tendência de queda, mas no ano passado, devido à exportação – graças ao câmbio favorável –, e para este, com a recuperação do mercado interno, esperamos um desempenho mais vigoroso”, afirma.