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Maersk Line divulga balanço do segundo trimestre

Potencial de exportação do Brasil continua limitado por volume ainda baixo nas importações
Por Redação em 13 de setembro de 2016 às 10h32

A Maersk Line, empresa global de transporte marítimo, divulgou balanço referente ao terceiro trimestre desde ano. Segundo a empresa, o comércio exterior brasileiro mostra sinais de recuperação com as importações sinalizando uma moderada melhora mensal e as exportações atingindo seus níveis de crescimento mais altos desde que a Maersk Line iniciou seus relatórios trimestrais em 2012.

As importações ensaiam uma retomada no segundo trimestre, terminando junho com -13%, após atingirem seus piores níveis em sete anos no primeiro trimestre, quando chegou a -31%, comparados ao mesmo período de 2015. “Estamos vendo uma demanda crescente pela exportação de nossos produtos e acreditamos que as importações continuarão a crescer durante o resto do ano, mesmo quando se trata de uma base muito baixa. É muito cedo para celebrar e, provavelmente, teremos de esperar até 2017 para ver verdadeiros sinais de melhora”, diz Antonio Dominguez, diretor Superintendente da Maersk Line para o Cluster da Costa Leste da América do Sul. “Um número considerável de indústrias está repondo seus estoques, algo que não víamos há alguns trimestres”, acrescenta.

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Olhando as importações de regiões-chave que ditam a tendência do comércio global, a Ásia mostrou relativa melhoria uma vez que os setores automotivo e varejista retomaram a formação de estoques, reduzindo a queda nas importações para 21% no segundo trimestre na comparação ano a ano, após uma queda de 43% nas importações no primeiro trimestre. “Para o comércio com a Europa, ainda veremos uma recuperação. Entretanto, estamos confiantes de que ela virá, uma vez que, para que o Brasil destrave todo o seu potencial, mais investimentos precisarão ser feitos em maquinário e bens industriais originários da Europa”, diz Nestor Amador.

No lado das exportações, particularmente nos bens refrigerados, os produtos de proteína animal continuam a demonstrar crescimento saudável, com 13% em abril, 8% em maio e 1% em junho em comparação com os mesmo períodos de 2015, o que deve permanecer ao longo de 2017. “Esperamos que esse crescimento contínuo pressione a indústria da navegação a oferecer mais contêineres e espaço nos navios, uma vez que as carnes bovina, de frango e de porco tiveram, juntas, um crescimento de 12% na comparação com o mesmo período do ano passado”, diz Nestor Amador, diretor Comercial da Maersk Line no Brasil. Os dados sobre o comércio por contêineres são providenciados à Maersk Line pela Datamar.

Embora o crescimento das exportações tenha diminuído em relação ao trimestre anterior, elas encontram-se agora em níveis recordes desde que os relatórios comerciais da Maersk Line começaram a ser produzidos, em 2012. “A apreciação do Real contribuiu pouco para a desaceleração das exportações, os produtos brasileiros continuam competitivos e há novas oportunidades em algodão, frango, bovinos, plásticos e açúcar, principalmente para os mercados asiáticos”, diz João Momesso, diretor de Trade e Marketing da Maersk Line para o Cluster da Costa Leste da América do Sul. “O verdadeiro gargalo para as exportações é a ausência de navios na costa brasileira e isso não mudará até que as importações se recuperem totalmente. Infelizmente, não vemos isso acontecer antes de 2017”, acrescenta.

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