O Grupo TPC realizou ontem, 2 de setembro, o desembarque do primeiro dos três caminhões que serão utilizados em operações de emergência no Aeroporto de Viracopos, adquiridos pela Aeroportos Brasil Viracopos, concessionária responsável, desde o último mês de fevereiro, pela gestão do terminal aeroportuário de Campinas (SP).
Para o recebimento do ativo, que é proveniente da Áustria e levou 15 dias até a costa brasileira, o Grupo TPC utilizou a estrutura do terminal portuário da Deicmar. O local, instalado na área pública do Porto de Santos (SP), no cais Sabóo, conta com uma área total de 74 mil m².
A gerente de Segmento de Comércio Exterior e de Logística Internacional do Grupo TPC, Laura Pereira de Souza, explica que o trabalho da companhia neste caso é o de gerenciar toda a logística, os processos aduaneiros e o despacho da carga. “Controlamos a operação desde que o contrato de aquisição foi firmado até a entrega no aeroporto”, diz. A executiva ressalta que esta é uma operação peculiar por tratar-se de uma carga com alto valor agregado e movimentação on time. “Nosso cliente tem urgência na entrega”, afirma.
Para agilizar a operação, cumprir os prazos e reduzir os custos, Laura revela uma das estratégias adotadas. “Vamos realizar o desembaraço aduaneiro no aeroporto, utilizando uma estrutura própria da Aeroportos Brasil Viracopos”, conta. Com isso, segundo ela, o tempo de trânsito aduaneiro, estipulado pela Receita Federal em 72 horas, será efetuado em 8 horas. Além disso, há redução no custo de armazenagem. No total, a gerente estima que todo o processo seja concluído em uma semana.
Para o desembarque dos outros dois veículos – um previsto para o próximo mês de outubro e o terceiro sem data estipulada – os processos serão os mesmos. Laura, porém, faz uma ressalva. “Teremos mais facilidades, pois utilizaremos a experiência da primeira operação”, salienta.
Equipamento
O caminhão desembaraçado pelo Grupo TPC, fabricado pela Rosenbauer, é do modelo Panther 6x6. De acordo com a tabela da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o Carro de Combate a Incêndio (CCI) pertence ao tipo 5, em uma escala que vai de 1 (menor) a 5 (maior). O modelo já é usado nos principais aeroportos da Europa, Ásia, Oriente Médio e América do Norte. Na cabine do veículo cabem até 4 bombeiros.
Com velocidade média de 115 km/h, motor com 740 cavalos e aceleração de 0-80 km/h em 30 segundos, o veículo tem tração nas seis rodas e comporta 12.500 litros de água, 1.500 litros de Líquido Gerador de Espuma (LGE) e 250 kg de Pó Químico BC. A viatura pesa 35 toneladas carregado e o alcance do jato do canhão superior atinge, em média, 110 metros.
O Panther 6x6 é totalmente automatizado e conta com recursos de alta tecnologia, como computador de bordo, iluminação própria, câmera com infravermelho e visão térmica e sistema eletrônico de controle de agentes extintores.