O Haropa, grupo de interesse econômico que representa os portos Le Havre, Roen e Paris, que criado em 2012, gera 120 milhões de toneladas de tráfego marítimo e fluvial por ano – por semana, são 40 conexões ferroviárias e 120 fluviais –, participou da Intermodal, para reforçar a oferta comercial do complexo portuário francês ao mercado brasileiro.
Em 2012, segundo informações do diretor Comercial e de Marketing do Haropa, Hervé Cornède, foram movimentados 50 mil Teus com destino aos terminais brasileiros e no fluxo contrário foram 18 mil TEUs. Entre as cargas manipuladas por mais de dez companhias marítimas, que conectam ao complexo Haropa com os 16 portos do Brasil, o destaque está em produtos alimentícios, químicos e autopeças. Já os embarques com destino aos terminais portuários da França – e dali para países como Inglaterra, Portugal, Espanha e Alemanha – são de café, papel, tabaco, frutas, peixes e carnes.
Os transit times são um dos motivos que garantem, cada vez mais, o aumento de volume comercial entre os terminais. Se o destino for o Porto de Santos (SP), por exemplo, são 12 dias. Mais ao Sul, o Porto de Navegantes (SC) é atendido em 20 dias.
Para suportar este movimento, o Haropa – 50 companhias marítimas, com 100 serviços, conectam os portos que compõem o complexo a 500 terminais em todo o mundo –, que opera 24 horas por dia, sete dias por semana, conta com 2,6 milhões de m² de entrepostos e dez terminais de contêineres.
Para agilizar as operações, como o Guichê Único, reunindo em um só local os serviços fitossanitários, veterinários e alfandegários. O que fez do complexo Haropa ser reconhecido pelo Banco Mundial como a operação portuária que gera o menor volume de papel, ou seja, com processos menos burocráticos, tornando todo o processo mais ágil, segundo o diretor do complexo portuário.
A operação fluvial, que movimentou 290 mil TEUs no ano passado, é um caso à parte e também contribui para a excelência dos serviços prestados. O destaque fica por conta da distribuição dos produtos na capital francesa. Existem 13 terminais fluviais sobre o eixo do Rio Sena. Nestes pontos, os contêineres são desembarcados das barcaças. Após isso, é realizada a desova para, posteriormente, os itens serem distribuídos por motocicletas, veículos leves e até mesmo bicicletas com destinos aos inúmeros pontos de venda em Paris.