Segundo dados do estudo Quick Trade Facts, elaborado pela Câmara de Comércio Brasil-Canadá (CCBC), o ano de 2022 já representa um marco histórico nas relações entre os dois países, registrando um novo recorde no intercâmbio comercial.
O avanço na relação bilateral foi estimulado pela concretização de novos negócios e por um forte salto na compra de fertilizantes pelo Brasil, que sozinha representou 76% do total das importações, impulsionada especialmente por conta do conflito entre Rússia e Ucrânia.
Entre janeiro e setembro deste ano, a corrente de comércio totalizou US$ 8,223 bilhões, superando os US$ 7,497 bilhões alcançados no acumulado dos 12 meses de 2021. Nos primeiros nove meses de 2022, o Canadá se manteve na 13ª posição como o maior destino das exportações brasileiras. Já no ranking das importações, o país norte-americano avançou da décima posição para o oitavo lugar.
“Em toda a história comercial entre Brasil e Canadá, nunca se viu uma relação tão profunda como a atual. O Canadá, que já representa o maior destino internacional dos estudantes brasileiros, está agora na mira das empresas que não apenas querem se internacionalizar, como também expandir os negócios e criar bases de operações na América do Norte”, avalia Paulo de Castro Reis, diretor de Relações Institucionais da CCBC.
As compras de produtos canadenses totalizaram US$ 4,278 bilhões nos três primeiros trimestres deste ano, disparando 164% frente aos nove primeiros meses de 2021, quando somaram US$ 1,620 bilhão. Dentre os produtos mais adquiridos pelo Brasil, o destaque permanece para a indústria química em especial adubos ou fertilizantes químicos.
Reatores nucleares, caldeiras, máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos, incluindo suas partes, representaram 6,3% do total importado, contabilizando US$ 271 milhões, enquanto a compra pelo Brasil de aeronaves e outros equipamentos atingiu US$ 152 milhões, ou 3,5% da soma geral de importações.
Os embarques ao Canadá totalizaram US$ 3,944 bilhões entre janeiro e setembro de 2022, um aumento de 15% em comparação à igual período do ano anterior, quando foram registradas vendas externas de US$ 3,438 bilhões. Os principais destaques nas exportações brasileiras ao Canadá e com maior peso na balança comercial no período foram ouro, alumina e açúcares e melaços.