A TCP, empresa que administra o Terminal de Contêineres de Paranaguá (PR), obteve autorização junto ao Ministério da Agricultura e Pecuária do Brasil (Mapa), em caráter excepcional, para a dispensa da necessidade de estufagem prévia de todo o lote de algodão em contêineres para a posterior apresentação do requerimento de vistoria pela fiscalização agropecuária.
Com isso, a partir de agora, logo após a estufagem da primeira unidade com fardos de algodão no contêiner, os exportadores já podem iniciar os trâmites da LPCO – canal de relacionamento com os órgãos anuentes do comércio exterior e outros intervenientes responsáveis pela emissão de licenças, permissões, certificados e outros documentos de exportação – junto ao órgão para fiscalização da remessa da carga.
A autorização já traz benefícios, com a otimização do transit time entre a chegada da carga de algodão no pátio da TCP e seu embarque nos navios. A expectativa é a de que este tempo caia seja reduzido em até quatro dias, o que poderá gerar mais agilidade e redução de custos aos exportadores.
O diretor Institucional da TCP, Juarez Moraes e Silva, explica que a empresa atuou junto ao ministério da Agricultura e Pecuária com o objetivo de sanar as dificuldades que os exportadores de algodão estavam tendo no processo, uma vez que o transit time das cargas afeta diretamente a operação da cadeia do setor.
“Felizmente o ministério se mostrou muito receptivo à nossa demanda, entendeu que este já era um procedimento aplicado em outro porto nacional e replicou para a unidade do Sistema de Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro) em Paranaguá o Programa de Certificação Fitossanitária com Inspeção Antecipada, que consiste na apresentação da Declaração Única de Exportação (DU-e) em momento posterior à inspeção da carga, mas ainda em momento anterior à emissão de Certificado Fitossanitário”, diz.
Ainda segundo o executivo, o programa garante que todos os trâmites do Controle Administrativo inerentes ao MAPA foram cumpridos, ao mesmo tempo que asseguram aos exportadores a agilidade que o comércio internacional requer” completa o executivo.
Em 2019, a TCP intensificou sua participação junto ao mercado de exportação de algodão, que tem cerca de 90% de suas movimentações destinadas à Ásia, por meio da oferta de um pacote destinado aos exportadores.
O diretor Comercial da TCP, Alexandre Rubio, conta que Paranaguá desenvolveu um produto exclusivo para esse mercado. “Além da possibilidade de operação logística em zona primária, dentro do próprio terminal e próximo ao cais de atracação, trabalhamos também com armazéns parceiros na retroárea do porto”, descreve.
De acordo com Rubio, essas iniciativas tendem a aumentar exponencialmente a capacidade de estufagem no complexo, mantendo o preço, qualidade e gestão via TCP independentemente do local da operação. “O pacote apresenta um custo extremamente competitivo e abaixo do mercado quando comparado a outros portos e operadores logísticos”, garante.