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TCP desburocratiza processo operacional para embarque de algodão

Mapa autorizou empresa a dispensar estufagem prévia de todo o lote do produto em contêineres para a posterior apresentação do requerimento de vistoria
Por Redação em 8 de janeiro de 2020 às 10h44

A TCP, empresa que administra o Terminal de Contêineres de Paranaguá (PR), obteve autorização junto ao Ministério da Agricultura e Pecuária do Brasil (Mapa), em caráter excepcional, para a dispensa da necessidade de estufagem prévia de todo o lote de algodão em contêineres para a posterior apresentação do requerimento de vistoria pela fiscalização agropecuária.

Com isso, a partir de agora, logo após a estufagem da primeira unidade com fardos de algodão no contêiner, os exportadores já podem iniciar os trâmites da LPCO – canal de relacionamento com os órgãos anuentes do comércio exterior e outros intervenientes responsáveis pela emissão de licenças, permissões, certificados e outros documentos de exportação – junto ao órgão para fiscalização da remessa da carga.

A autorização já traz benefícios, com a otimização do transit time entre a chegada da carga de algodão no pátio da TCP e seu embarque nos navios. A expectativa é a de que este tempo caia seja reduzido em até quatro dias, o que poderá gerar mais agilidade e redução de custos aos exportadores.

O diretor Institucional da TCP, Juarez Moraes e Silva, explica que a empresa atuou junto ao ministério da Agricultura e Pecuária com o objetivo de sanar as dificuldades que os exportadores de algodão estavam tendo no processo, uma vez que o transit time das cargas afeta diretamente a operação da cadeia do setor.

“Felizmente o ministério se mostrou muito receptivo à nossa demanda, entendeu que este já era um procedimento aplicado em outro porto nacional e replicou para a unidade do Sistema de Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro) em Paranaguá o Programa de Certificação Fitossanitária com Inspeção Antecipada, que consiste na apresentação da Declaração Única de Exportação (DU-e) em momento posterior à inspeção da carga, mas ainda em momento anterior à emissão de Certificado Fitossanitário”, diz.

Ainda segundo o executivo, o programa garante que todos os trâmites do Controle Administrativo inerentes ao MAPA foram cumpridos, ao mesmo tempo que asseguram aos exportadores a agilidade que o comércio internacional requer” completa o executivo.

Em 2019, a  TCP intensificou sua participação junto ao mercado de exportação de algodão, que tem cerca de 90% de suas movimentações destinadas à Ásia, por meio da oferta de um pacote destinado aos exportadores.

O diretor Comercial da TCP, Alexandre Rubio, conta que Paranaguá desenvolveu um produto exclusivo para esse mercado. “Além da possibilidade de operação logística em zona primária, dentro do próprio terminal e próximo ao cais de atracação, trabalhamos também com armazéns parceiros na retroárea do porto”, descreve.

De acordo com Rubio, essas iniciativas tendem a aumentar exponencialmente a capacidade de estufagem no complexo, mantendo o preço, qualidade e gestão via TCP independentemente do local da operação.  “O pacote apresenta um custo extremamente competitivo e abaixo do mercado quando comparado a outros portos e operadores logísticos”, garante.

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