O terminal intermodal de Santos (TIS) iniciou as atividades no final do mês de julho com a importação de 2.000 t de óleo vegetal via navio. O TIS é operado pela Ultracargo, uma empresa do grupo Ultra que fornece soluções logísticas para o mercado de transporte e armazenagem de produtos especiais.
Com uma área de 79.000 m2, que poderá ser ampliada em mais 22.000 m2, o terminal tem capacidade total de tancagem de 111.500 m3 de produtos. Poderão ser armazenados 33.500 m3 de químicos em geral em 27 tanques; 40.000 m3 de álcool a granel em seis tanques e 38.000 m3 de óleos vegetais a granel (soja e canola) em oito tanques. As principais operações realizadas no terminal serão de exportação, principalmente de álcool e óleos, e de importação de químicos. As operações de cabotagem também ocorrerão, mas em volume menor.
A previsão é de uma redução no tempo de embarque para os navios para menos da metade do tempo atual. "A vazão nos outros terminais está situada na faixa de 200 a 300 m3/h, dependendo do diâmetro da linha, por exemplo", explica Carlos Quinteiro, gerente de Negócios da Área Química Sudeste da Ultracargo. "A vazão de bombeamento para navios será de 700 m3/h para álcool e óleo e de 300 m3/h de químicos no TIS", completa Quinteiro.
O terminal terá, em sua primeira fase, uma capacidade de movimentação igual a dois bilhões de litros anuais de álcool, dois milhões de toneladas anuais de óleo e 360 mil toneladas anuais de químicos. No futuro, a intenção é dobrar a capacidade para álcool e óleos, e triplicá-la para químicos. O TIS fornecerá um desvio ferroviário que comporta 38 vagões e terá capacidade para carga ou descarga de 12 vagões simultaneamente.
O TIS é a quinta instalação portuária da Ultracargo e, juntamente com o terminal de Aratu (BA), reúne os modais rodoviário, ferroviário e marítimo. Os outros terminais são o de Suape (PE) e o Terminal de Gases de Santos, para operações rodoviárias e marítimas, e o de Montes Claros (MG), que junta os modais rodoviário e ferroviário. "As oportunidades de negócios em Santos são enormes, pois há uma demanda reprimida", afirma Quinteiro.
Para a execução do projeto, a Ultracargo ficou responsável pelos investimentos em infra-estrutura e tanques de químicos; o Terminal Exportador de Álcool de Santos (TEAS), pelo parque de tanques para exportação de álcool e as empresas Cargill e Coinbra pelos tanques para óleos vegetais.
"Além dos benefícios econômicos para a região e logísticos para os exportadores e importadores, o TIS trará um aumento considerável no comércio internacional do País", conclui Eduardo de Toledo, diretor-superintendente da Ultracargo.