Por Redação em
11 de fevereiro de 2021 às 10h37 (atualizado em 12/02/2021 às 4h40)
Diante da situação atual, seja em função das inúmeras incertezas que ‘povoam’ as cabeças dos profissionais de todos os setores da atividade humana, ou em face da persistência da pandemia – agora, pelo menos e felizmente, já com a existência concreta da vacina -, uma grande parte das empresas, em todo o mundo, teve suas ‘cadeias de abastecimento’, quando não ‘rompidas’, alteradas de forma bastante significativa. Isso exigiu dos profissionais de logística, além dos conhecimentos tradicionais, a tomada de um novo conjunto de providências mais específicas e que, não há dúvidas, veio pra ficar. Vale à pena citar algumas das principais:
Estabelecimento de planos de proteção à saúde, como forma de garantir segurança aos empregados, clientes e fornecedores;
Compreensão de que o ‘novo normal’ inclui maior pressão, mudanças constantes e exigências claras para maior inclusão social;
Entendimento da necessidade de se ter programas para engajamento de funcionários, clientes e fornecedores em todos os aspectos da empresa e da operação;
Elaboração de ‘cenários’ diversos, nos quais fosse possível diminuir os níveis de incertezas, principalmente no que diz respeito ao comportamento do ‘novo’ consumidor e do ‘novo’ mercado resultante;
Elaboração de estimativas realistas de demanda e de inventário por toda a cadeia logística;
Elaboração de soluções logísticas com maior resiliência;
Estabelecimento de fluxos operacionais que refletissem o novo momento e que dessem transparência em toda a cadeia de suprimentos;
Especificação dos novos níveis de serviço, de segurança, de indicadores de desempenho e de relatórios de acompanhamento;
Estabelecimento de programas concretos para melhoria da qualidade operacional, de contingência e de ganhos de produtividade;
Estabelecimento de processos de auditorias e acompanhamento constantes e periódicos;
Gerenciamento do capital de giro de forma a se evitar impactos negativos nos caixas da própria empresa, dos clientes e dos fornecedores;
Postura proativa para reconhecer limitações: no entendimento claro do que está ou não sob controle, no entendimento do que não se sabe, na compreensão de que é fundamental resolver os problemas do cliente, e não somente aqueles identificados pela sua percepção, e no entendimento das inúmeras diferenças culturais entre empresas;
Identificação e avaliação dos principais riscos, de forma a se buscar, antecipadamente, possíveis soluções e planos de contingência.
Além dessas competências e do entendimento que a logística é instrumento estratégico, caberá também aos executivos e profissionais do setor, ter postura mais crítica, pensar e agir mais estrategicamente e capacitar-se para trabalhar de qualquer parte do mundo e em ambientes cada vez mais digitais.
Paulo Roberto Guedes, Sócio-diretor da Ripran Consultoria e conselheiro da Associação Brasileira de Operadores Logísticos (Abol)
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