A Brandili, empresa do ramo têxtil infantil, teve seu novo centro de distribuição localizado na cidade de Apiúna (SC) totalmente automatizado pela Ulma Handling Systems. O projeto faz parte de uma ação que envolve investimentos de mais de R$ 70 milhões nos últimos cinco anos na modernização de seus parques fabris, em sistemas integrados de informação e em inovação em tecnologia agregada à cadeia logística. A empresa produz anualmente 14 milhões de peças, distribuídas em 67% das cidades brasileiras.
Antes da solução da Ulma, o processo de armazenagem era manual: as caixas com produtos ficavam empilhadas e, na preparação de pedidos, utilizava-se listas impressas em papel. O resultado era o uso de conferência manual e a intensa movimentação de pessoas pelo espaço de armazenagem.
O novo CD, construído justamente para receber o novo sistema de automatização, foi inaugurado no fim de 2014, possui 4.000 m² de área construída em uma área total de 6.000 m². No espaço, são realizadas atividades de armazenagem, customização, picking, packing e despacho. O CD possui cinco docas e pé-direito de 12 metros.
A solução aplicada na estrutura compreendeu um sistema logístico composto por dois FSS, modelo que é uma evolução do miniload, e um sistema de sorter de alta cadência de classificação por dupla bandeja, gerenciados por um WMS desenvolvido sob medida. Também foram instalados dispositivos put to light para guiar os operadores no processo de separação multipedido.
“O mito de que uma operação automatizada só pode ser implantada em grandes centros e em empresas que trabalham com produtos de altíssimo valor agregado foi superado com esse projeto. A Brandili vem se profissionalizando, desde a gestão até os processos fabris e logísticos, e não hesitou em ousar com uma solução de última geração para manter-se competitiva”, afirma Gorka Sudupe, diretor de Operações da Ulma para América do Sul.
Resultados
Anteriormente havia uma produtividade média de separação da ordem de 300 peças por hora no modelo tradicional e manual de separação. Com o novo projeto a operação evoluiu para um ganho de produtividade em torno de 1.000 a 1.500 peças separadas por hora.
Outra melhoria foi em relação à ergonomia dos processos e à qualidade em geral dos trabalhos dos colaboradores no armazém, tais como redução de longos deslocamentos; redução da movimentação e elevação manual de caixas com produtos; e postos de trabalho, tanto no sorter quanto nas áreas de multipedidos, adequadamente dimensionados aos funcionários.
O diretor geral da Brandili, Eduardo Bertoldi de Salvo, ressalta que os desafios de controle e movimentação de mercadorias no setor têxtil são significativos e podem ser restritivos ao crescimento, caso não se pense em logística integrada. “Avaliando a estratégia de longo prazo de nossa empresa, a automatização é algo que colabora para direcionar nossos funcionários para atividades cada vez mais especializadas, reduzindo a exigência de pessoas na movimentação básica de mercadorias. É relevante ganhar agilidade e precisão para girar cada vez mais rápido nossos estoques e abastecer nossos clientes no tempo certo, com o produto requerido”, diz.