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Wilson, Sons inaugura estruturas em São Paulo

Expansão da Eadi Santo André e Centro Logístico complementam malha da empresa
Por Redação em 21 de setembro de 2012 às 10h56 (atualizado em 16/10/2012 às 11h56)

A Wilson, Sons Logística – pertencente ao Grupo Wilson, Sons – apresentou nesta quinta-feira ao mercado duas novas estruturas na Grande São Paulo: a expansão da Estação Aduaneira de Interior (Eadi) Santo André e o Centro Logístico São Paulo, ambas já em funcionamento. A inauguração do CD, que fica em Itapevi, foi adiantada com exclusividade pela Tecnologística no início de agosto (veja em www.tecnologistica.com.br/destaque/wilson-sons-tem-novo-cd-na-grande-sao-paulo/). Consumindo investimento de R$ 10 milhões, esta unidade fica dentro de um condomínio logístico e tem 22 mil m2 de área total, incluindo 15 mil m2 de armazém e 7 mil m2 de pátio.

Com a estrutura de Itapevi, foi possível liberar a área contígua ao Eadi Santo André, antes utilizada para armazenagem geral, para as operações alfandegadas. Com isso, o porto seco ganhou mais 10.800 m2 de armazém e 7.000 m2 de pátio, totalizando 92 mil m2 de área totalmente alfandegada, sendo um dos maiores recintos desse tipo em operação no País e o maior sob a jurisdição da Alfândega de São Paulo, com 3.800 declarações de importação expedidas por mês.

A nova área, na verdade, já foi alfandegada no passado, como conta o diretor superintendente da Wilson, Sons Logística, Thomas Rittscher III. “Estamos chamando de realfandegamento porque esta área já era alfandegada quando a Wilson, Sons assumiu a operação do Eadi, em 1998. Contudo, como na época o comércio exterior estava em baixa e havia ociosidade, solicitamos o desalfandegamento dessa área para atividades de armazém geral. Agora, com o crescimento tanto das operações ligadas à importação e exportação quanto das operações de logística interna, a área em Santo André ficou pequena, estrangulando ambas as operações. Com a transferência das atividades não-alfandegadas para Itapevi e o alfandegamento desta área, podemos atender melhor aos dois mercados, com operações que podem ser complementares ou independentes”, explica o executivo.

Wilson, Sons inaugura estruturas em São Paulo
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Como a área já existia, os investimentos exigidos não foram muito altos. Foi aplicado R$ 1 milhão em uma nova câmara fria, de 600 m3 para atender a dois dos setores-foco da empresa, o farmacêutico e o cosmético. Além deles, a Wilson, Sons considera como estratégicos os segmentos de cargas de projetos, envolvendo equipamentos de grandes dimensões, com demandas especiais; o automotivo, que engloba tanto veículos completos como motos e autopeças; e o de alimentos e bebidas, especialmente o segmento Premium, de produtos como vinho, por exemplo.

Bola da vez

Para Rittscher, as duas novas estruturas não são iniciativas isoladas, mas fazem parte da estratégia da empresa de oferecer soluções completas e integradas ao mercado, cobrindo toda a cadeia logística.

“A logística é a bola da vez, está na pauta dos investimentos no Brasil, com o governo anunciando iniciativas para solucionar os gargalos do setor. Estes nossos movimentos acompanham esse contexto e estruturam a empresa para atender melhor ao mercado. O CD de Itapevi traz aumento de capacidade para o atendimento às cargas pós-nacionalização e o Eadi Santo André é um dos melhores em termos de estrutura e um dos maiores em área também. As duas estruturas contam com apoio em termos de transportes, desde a remoção das cargas das áreas primárias, passando pela transferência, até a distribuição, fechando a cadeia; ambas oferecem tecnologia de ponta em termos de sistemas de controle, gestão e segurança. Com isso, nos posicionamos para acompanhar o movimento crescente da logística no Brasil”, afirmou Rittscher.

O Inspetor-chefe da Alfândega da Receita Federal em São Paulo, João Figueiredo Cruz, concorda com ele. “A RF vê com bons olhos essa ampliação, num momento em que o governo federal deixa clara sua intenção de investir na área de logística, transportes e infraestrutura. Esse tipo de iniciativa vem ao encontro deste momento e ajuda a desafogar as áreas primárias – porto e aeroportos – que hoje, como todos sabem, estão superlotadas.” Com relação aos marcos regulatórios do setor, ele concorda que deveriam ser mais claros, para dar maior confiança aos investidores privados. “Nós, da Alfândega, sempre subsidiamos a Receita Federal em Brasília sobre as necessidades do setor. Mas as regras são decisões políticas tomadas em outra esfera”, justifica.

Hoje, a Wilson, Sons Logística já conta com 20 unidades no País, incluindo dois terminais de contêineres, em Rio Grande (RS) e Salvador, e é hoje um dos principais operadores logísticos do País, representando 20% do faturamento total do grupo, que foi de US$ 698 milhões em 2011. O diretor superintendente revela que está prevista a inauguração de mais um centro logístico em Suape (PE), construído especialmente para a empresa no sistema built to suit (sob medida), que deve estar operando até o final do ano, com área total de 76.000 m2 e 23.000m2 de armazéns. Além disso, a Wilson, Sons também participa do processo de licitação de mais duas Eadis, em Salvador e Suape, entrando em sinergia com as estruturas já existentes nos dois locais.

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