O preço médio de condomínios logísticos de alto padrão teve um aumento de 16,31% no preço médio, de acordo com a pesquisa First Look, realizada pela JLL. A justificativa para o crescimento foi o elevado número de negócios realizados. Foram 4,2 milhões de m² de absorção bruta e 2,8 milhões de m² de absorção líquida.
O levantamento ainda apontou que foram entregues 3,1 milhões de m² de novo estoque em todo o Brasil, sem impacto na vacância, que permaneceu estável em 11,09% em relação a 2021. Os preços médios acompanharam o mercado e fecharam em 2022 em R$ 24,29/m².
Para André Romano, gerente de Industrial, Logística e Data Center da JLL, o crescimento do e-commerce e dos serviços digitais são alguns dos motivos que contribuíram para esse cenário. "As políticas de incentivo realizadas por algumas regiões ou estados, como é o caso de Minas Gerais, também foram fundamentais para fomentar o mercado", analisa.
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Também fora do eixo Rio-São Paulo, o Espírito Santo e Santa Catarina se destacaram no cenário. No quarto trimestre de 2022, esses estados registraram absorção líquida de 83 e 85 mil m² respectivamente, ficando atrás apenas de SP. A FedEx foi responsável pela locação de mais de 46 mil m² no estado capixaba e o Mercado Livre ocupou 39 mil m² no estado sulista.
Expectativa para 2023
Para este ano, a previsão é que mais 3,3 milhões de m² sejam injetados no mercado de condomínios logísticos de alto padrão. Com isso, a taxa de vacância deve subir até 2 p.p.. "A maior parte das companhias, sejam empresas de serviços digitais ou indústrias, já conseguiu entender a demanda ideal de galpões para atender às suas necessidades logísticas. Neste ano, devemos ver movimentações mais estratégicas", revela Romano.