A Dow colocou em operação seu maior terminal logístico para polietileno na América Latina fora de suas unidades produtivas. Localizado em Itajaí (SC), o empreendimento trará incremento de 60% na capacidade de armazenagem da empresa para polietileno e produtos das áreas de especialidades plásticas. Este aumento de capacidade dará suporte à maior produção de polietileno proveniente das novas unidades de produção da Dow na Costa do Golfo dos Estados Unidos e que deverá ser embarcada para a América Latina.
Um aspecto importante do projeto é a eliminação da capacidade ociosa, uma vez que os produtos são estocados diretamente em contêineres. A operação logística do terminal está a cargo da Log-In, empresa de soluções em logística porta a porta, e a expectativa é que o novo projeto logístico gere 55 empregos, além de receita para a região de Itajaí.
“Esse projeto marca a segunda etapa de ações que a Dow tem desenvolvido desde 2011 para aprimorar sua eficiência logística no Brasil, trazendo benefícios para toda a cadeia”, afirma Leonardo Feltrinelli, diretor de Supply Chain da Dow América Latina. ”Esse terminal logístico está alinhado à estratégia de crescimento da área de Embalagens e Plásticos de Especialidades da Dow, armazenando produtos vindos, principalmente, de unidades na Argentina e Estados Unidos”.
O desenho do projeto do novo terminal logístico começou em 2015, quando foram definidas as estratégias para o volume adicional de polietileno. Como parte desta produção adicional seria enviada ao Brasil, houve a necessidade de adequação da cadeia logística da companhia para absorver e gerenciar todo o volume envolvido. Diante deste cenário, a Dow optou pela transferência do terminal existente em São Francisco do Sul, também em Santa Catarina, para o novo local em Itajaí, que passaria a ter capacidade de absorver a crescente demanda.
O terminal logístico, desenvolvido pela Log-In, possui 44 mil m² de área total (sendo 5,2 mil m² apenas para cross-docking) e oferece ferramentas planejadas para o projeto da Dow, como empilhadeiras de até 41 toneladas de capacidade, porta-paletes, sistema inteligente de rastreamento e circuito interno de TV para monitoramento. De acordo com João Correia, gerente de Operação de Terminais da Log-In, o empreendimento demonstra a capacidade da empresa em fornecer soluções logísticas customizadas de acordo com as necessidades dos clientes. “O projeto foi desenvolvido para proporcionar um acréscimo de 23% em ganhos de produção operacional, levando em consideração o aumento de demanda previsto pela Dow”, afirma.
Atualmente, grande parte do volume da Dow destinado ao Brasil chega ao país pelos portos de Itajaí, Navegantes e Itapoá, todos em Santa Catarina. A Dow iniciou a operação em Santa Catarina em 2001 e, durante estes anos, desenvolveu parceria com fornecedores e, assim, manteve a operação na região e numa localização próxima ao terminal que garante segurança na retirada dos produtos dos portos, na sua distribuição e entrega aos clientes.
A partir da mudança para Itajaí, a capacidade de carregamento passará de 85 para 110 veículos em 15 horas. “Por se tratar de uma área industrial, há possibilidade da Log-In operar em uma escala noturna, o que pode tornar ainda maior nossa capacidade de expedição no terminal”, diz o gerente da Log-In.
A mudança de São Francisco do Sul para Itajaí também impactará positivamente na otimização operacional e nas metas de sustentabilidade da empresa. Com o novo projeto, o acesso ao porto de Navegantes pela Dow terá uma redução de 76km no trajeto percorrido – dos 80 km atuais para apenas 10km. “Essa redução de 87% no trajeto percorrido entre o porto e nosso terminal trará importantes benefícios à operação como otimização nos tempos de operação impactados diretamente pela distância e a redução de perdas por excesso de manuseio das cargas”, afirma Alexandre Magno, gerente de Logística para Embalagens e Plásticos de Especialidades no Brasil. “Outro aspecto importante é a diminuição significativa nas emissões de CO2 na atmosfera, já que estão diretamente conectadas à distância que é percorrida pela movimentação da carga. Esta nova operação será mais um avanço em relação aos já conquistados pela companhia em projetos anteriores de aprimoramento logístico”.