A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) está negociando um acordo bilateral com o Peru para eliminar a atual cota de capacidade dinâmica da frota de transporte rodoviário internacional de cargas entre os dois países. Atualmente, a cota é de 75 mil toneladas, e ao ser atingida, os transportadores brasileiros não podem mais se habilitar para operar rotas para o Peru até que uma empresa deixe a operação.
"O nosso intuito é acabar com esse sistema de cotas", afirmou José Aires Amaral Filho, superintendente de Serviços de Transporte Rodoviário e Multimodal de Cargas da ANTT, em entrevista à Agência Infra. Ele destacou que o regime de cotas reduz a concorrência e a eficiência do transporte de cargas.
A ANTT está revisando o sistema de Transporte Rodoviário Internacional de Cargas (Tric) para melhorar tanto os procedimentos internos quanto os acordos internacionais. Entre as melhorias internas, está a aceleração da emissão de licenças originárias e a movimentação de frota, processos necessários para que os transportadores brasileiros possam operar no exterior.
Segundo Amaral, a digitalização e integração eletrônica desses processos reduzirão o tempo necessário para a movimentação de frota de cinco dias para apenas alguns minutos. A ANTT está atualmente na fase de migração de base de dados para implementar essas mudanças. Uma vez concluída a migração, a agência espera evoluir rapidamente na eficiência dos procedimentos.
O objetivo da ANTT é simplificar e agilizar o transporte de cargas entre Brasil e Peru, aumentando a competitividade e eficiência dos transportadores brasileiros.