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DHL apresenta quinta edição de estudo referente à globalização

Global Connectedness Index faz avaliações por medições de fluxos internacionais de comércio, capital, informações e pessoas
Por Redacción el 27 de febrero de 2019 a las 11h09 (atualizado às 11h14)

A DHL lançou, neste mês de fevereiro, a quinta edição do DHL Global Connectedness Index (GCI), uma análise da globalização por medições de fluxos internacionais de comércio, capital, informações e pessoas. O novo relatório do GCI representa a primeira avaliação dos desenvolvimentos na globalização em 169 países e territórios desde o referendo do Brexit no Reino Unido e a eleição presidencial de 2016 nos Estados Unidos. Apesar das crescentes tensões antiglobalização em muitos países, a conectividade atingiu um pico recorde em 2017, pois os fluxos internacionais de comércio, de capital, de informações e de pessoas entre fronteiras nacionais se intensificaram significativamente pela primeira vez desde 2007. O crescimento econômico impulsionou os fluxos internacionais enquanto mudanças políticas, como os aumentos nas tarifas americanas, ainda não haviam sido implementadas.

O índice de 2018 mede o estado atual da globalização e os rankings individuais de cada país com base na profundidade – intensidade de fluxos internacionais – e na amplitude (distribuição geográfica de fluxos) das conexões internacionais dos países. Os cinco países mais conectados globalmente do mundo em 2017 foram Holanda, Singapura, Suíça, Bélgica e Emirados Árabes Unidos. Oito dos dez países mais conectados estão localizados na Europa, o que ajuda a torná-la a região mais conectada do mundo, especialmente devido aos fluxos de comércio e de pessoas. A América do Norte, líder em fluxos de informações e de capital, ficou em segundo lugar no ranking de regiões do mundo, seguida pelo Oriente Médio e o norte da África em terceiro lugar. O Brasil registrou uma pequena queda no ranking, passando a ocupar a 58º posição.

Segundo o CEO da DHL Express, John Pearson, mesmo com a globalização contínua, ainda há um enorme potencial não explorado em todo o mundo. O GCI mostra que, atualmente, a maioria das movimentações e trocas é doméstica e não internacional, embora a globalização seja um fator decisivo para o crescimento e a prosperidade. “A crescente cooperação internacional continua contribuindo para a estabilidade, então empresas e países que aderem à globalização têm benefícios enormes”, diz.

Na opinião do coautor do GCI, pesquisador acadêmico sênior da Escola de Negócios e diretor executivo do Centro de Globalização de Educação e Gerenciamento da NYU Stern, Steven Altman, surpreendentemente mesmo após os ganhos recentes da globalização o mundo ainda está menos conectado do que a maioria das pessoas imagina. “Isso é importante porque, ao superestimar os fluxos internacionais, as pessoas tendem a se preocupar mais com eles. Os fatos em nosso relatório podem ajudar a acalmar esses medos e focar a atenção em soluções reais para preocupações sociais relativas à globalização”, afirma.

Em nível global, o GCI mostra que, por exemplo, apenas cerca de 20% da produção econômica em todo o mundo é exportada, cerca de 7% dos minutos em chamadas telefônicas, incluindo chamadas pela internet, são internacionais e apenas 3% das pessoas moram fora dos países onde nasceram.  O relatório também desmistifica a crença de que a distância está se tornando irrelevante. A maioria dos países está muito mais conectada aos seus vizinhos do que a nações distantes.

Economias em desenvolvimento

O estuda continua revelando grandes diferenças entre os níveis de globalização de economias avançadas e as emergentes, que têm um comércio quase tão intenso quanto às desenvolvidas, mas estas últimas possuem integração mais de três vezes maior nos fluxos de capital internacionais, cinco vezes maior nos fluxos de pessoas e quase nove vezes maior nos fluxos de informações. Além disso, embora os líderes dos grandes mercados emergentes tenham se tornado importantes apoiadores da globalização no cenário mundial, o progresso das economias emergentes no sentido de alcançar a conectividade global foi interrompido.

A conectividade global geral do Brasil diminuiu ligeiramente de 2015 a 2017, após um crescimento anual de 2010 a 2015. Em 2017, o Brasil ficou na 58ª posição entre 169 países incluídos no DHL Global Connectedness Index, caindo da 55ª posição em 2015.

Para que um país seja conectado globalmente, ele deve ter amplos fluxos internacionais relativos ao tamanho de sua economia doméstica (profundidade) e seus fluxos internacionais devem ser distribuídos globalmente em vez de ter um foco estreito (extensão). O Brasil ocupa somente a 147ª posição entre 169 países em profundidade, mas ocupa a 13ª em extensão.  Nos fluxos de comércio (que constituem cerca de 35% do índice geral), a discrepância é ainda maior: o Brasil fica na penúltima colocação em profundidade de comércio, mas a segunda no mundo todo em extensão.

A baixa posição do Brasil no ranking de profundidade indica que os fluxos internacionais do País são pequenos em relação à sua atividade doméstica. Países de larga extensão territorial naturalmente tendem a ocupar posições mais baixas no ranking de profundidade por causa das oportunidades em seus grandes mercados internos. No entanto, mesmo após medirmos estatisticamente tamanho, localização, idioma e outras características, os fluxos internacionais do Brasil ainda são menores do que nossos modelos previram. Desde que pontuações mais altas de profundidade são associadas com crescimento econômico mais acelerado, esses resultados sugerem que o Brasil apresenta oportunidades substanciais não aproveitadas para se beneficiar de uma maior conectividade global.

Os cinco países em que os fluxos internacionais mais excederam as expectativas são Camboja, Malásia, Moçambique, Singapura e Vietnã. Quatro desses cinco países com melhor desempenho estão localizados no Sudeste Asiático. Os países do sudeste asiático se beneficiam de ligações com redes de cadeia de fornecimento asiáticas mais vastas e de iniciativas políticas da Association of Southeast Asian Nations (Asean), que promovem a integração econômica.

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