Companhia foca novos mercados com ampliação da malha aérea para Recife e Fortaleza
A partir de hoje, dia 22 de junho, a ABSA Cargo Airline, empresa de carga aérea de bandeira brasileira, começa a operar uma linha entre São Paulo, Recife (PE) e Fortaleza (CE).
Serão cinco voos semanais, de terça-feira a sábado, com um Boeing 767-300F, com capacidade para transportar até 57 toneladas de carga. Os voos sairão do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, às 4h30 com chegada prevista em Recife às 7h25 e, na capital cearense, às 9h35. O retorno para São Paulo será 23 horas. Esta é a segunda rota doméstica operada pela companhia desde que a empresa retomou os voos no mercado interno, no ano passado, com a rota Guarulhos-Manaus-Guarulhos.
O gerente de Vendas da companhia, Alexandre Silva, explica que o lançamento do novo trecho foi estimulado pelo sucesso alcançado com a primeira rota doméstica – que, em maio, contabilizou 52% de participação naquele mercado. Hoje, a ocupação nos dez voos semanais da rota Manaus gira em torno de 97%.
Outro fator que favoreceu o lançamento da rota Recife/Fortaleza foi a percepção da crescente demanda por transporte de carga no modal aéreo no nordeste do país. “Identificamos uma demanda não atendida no nordeste e com a ampliação da malha aérea, nossa empresa passa a oferecer um produto de qualidade, alta confiabilidade e segurança a empresas de uma região em franca expansão e carente desses serviços”, afirma Silva.
A empresa também espera maior procura pelo serviço devido às projeções de crescimento na movimentação de cargas no Complexo Industrial Portuário de Suape e ao início de funcionamento da Refinaria Abreu e Lima, previsto para o próximo ano.
“Acreditamos que a nova rota ampliará a capacidade de exportação de produtos do nordeste brasileiro com boa aceitação no exterior”, defende Silva. Ele explica que, como a região é atendida principalmente por aviões de pequeno porte, muitas empresas com produtos que poderiam ganhar o mercado internacional, acabam limitando seus negócios por causa das restrições impostas para o transporte de carga nessas aeronaves. “Com a nossa disponibilidade de espaço, podemos oferecer a estes produtores, sobretudo no caso dos perecíveis, um serviço melhor e uma maior capilaridade, que garanta a colocação seus produtos em mais mercados, num espaço de tempo menor, mais adequado às necessidades de seus clientes”, pondera o representante da Absa Cargo.
Embora não seja possível precisar o prazo, o Silva acredita que brevemente as duas rotas domésticas operadas pela companhia respondam por 55% do faturamento bruto da empresa gerado no Brasil. “Projetamos movimentar aproximadamente 6.500 toneladas na nova rota até o final do ano”, revela complementando que, entre os objetivos da empresa, está alcançar 35% de participação neste mercado até 2011.
As expectativas são tão boas que a empresa já está estudando a possibilidade de incluir, numa segunda etapa, a capital Salvador na nova rota para o Nordeste. Mas isso não significa que a operação internacional será relegada pela empresa, afirma o gerente. “A Absa conta hoje com duas unidades de negócios independentes, mas que se complementam. Nosso core business ainda é internacional. Mas continuamos avaliando a viabilidade de ampliar nossa malha, tanto dentro como fora do Brasil. E internamente, estudamos aumentar essa capilaridade até mesmo por meio de ligações rodoviárias e parceria com aéreas que atuam exclusivamente no segmento de passageiros”.