A Locar Pipe, primeira balsa de lançamentos de dutos do Brasil, construída pela Locar Guindastes e Transportes, entrou em fase final de produção na Ilha do Governador (RJ), informa a empresa. A previsão é que a embarcação fique pronta até o final de julho deste ano. Para este projeto, direcionado ao segmento de óleo e gás, a empresa conta com equipe de 200 trabalhadores, atuando em tempo integral na instalação de equipamentos e em retoques finais na balsa, que poderá abrigar até 130 pessoas a bordo. Quando pronta, a Locar Pipe realizará o lançamento de dutos, com profundidade de até 100 metros.
Com 87,5 m de comprimento, 30 m de largura e 6 m de profundidade, a balsa contará com um heliponto e dois guindastes elétricos movidos por cinco geradores, sendo um principal com 48 m de altura e capacidade para 250 mt e outro auxiliar com 43 m de altura e capacidade para 150 mt.
Ao todo, a Locar está investindo R$ 90 milhões na balsa, que possui ainda equipamentos para alinhamento de dutos, tensionadores e um sistema de posicionamento para a instalação dos dutos por toda a extensão da embarcação. Projetada pelo time de engenheiros da empresa, a Locar Pipe teve o casco fabricado em Belém, no estaleiro Rio Maguari.
Criada há quatro anos, a divisão marítima da Locar, empresa especializada em transportes especiais e movimentação pesada, possui 25 embarcações e equipe 300 colaboradores. Sediada na Ilha do Governador, a unidade tem ainda bases em Macaé (RJ) e Itajaí (SC).
A empresa atua também com andaimes, remoções industriais, guindastes, gruas, manipuladores telescópicos e plataformas aéreas, atendendo a clientes dos setores petroquímico, minerador, energético, metalúrgico, de construção e montadoras. No início de 2013, anunciou investimentos de R$ 150 milhões na aquisição de novos equipamentos e no término da construção da Locar Pipe, além de três embarcações direcionadas à Petrobras. Deste montante, R$ 70 milhões foram direcionados à compra, já nos primeiros meses do ano, de 500 plataformas aéreas dos fornecedores Skyjack e JLG.
De acordo com o presidente da Locar, Julio Eduardo Simões, não existem planos de investimento para o setor de guindastes, pois a empresa apresenta hoje 30% de ociosidade nos equipamentos. O executivo informa que nos últimos meses houve uma desaceleração em obras de construção civil, mas este cenário está mudando e o índice de ociosidade deve zerar até o meio do ano.