Norsul inicia operação de ship-to-ship bunkering na Baía de São Marcos

A Norsul, uma das maiores empresas brasileiras de navegação e integração logística, anunciou a expansão de suas atividades com a entrada no mercado de ship-to-ship bunkering. A operação, que consiste no abastecimento de combustível de grandes embarcações, será realizada a partir de outubro na Baía de São Marcos, no Maranhão. A embarcação utilizada na operação tem capacidade de aproximadamente 16.000 DWT e deve realizar uma média de 30 operações por mês.

O serviço de ship-to-ship bunkering faz parte da estratégia de diversificação da Norsul, que busca ampliar sua atuação no mercado brasileiro de navegação. "A partir deste mês, expandimos nossa operação para o apoio portuário, oferecendo serviços de STS bunkering", afirmou Christian Lachmann, diretor de chartering e operações da Norsul. Segundo ele, a nova operação reflete o movimento da empresa, que completa 60 anos buscando novos setores e oportunidades no setor de navegação.

Lachmann destacou também a importância da expertise da Norsul no transporte de líquidos, fundamental para o sucesso dessa nova empreitada. "Desde 2014, transportamos uma ampla gama de granéis líquidos, incluindo cargas classificadas como IMO 1 e IMO 2. Em 2023, transportamos 2,9 milhões de toneladas de carga líquida, o que reforça nossa capacidade de operar nesse novo nicho", explicou o executivo.

O mercado global de bunker, que é a principal fonte de combustível para embarcações, tem relevância para o comércio internacional e nacional. De acordo com a Allied Market Research, o valor desse mercado em 2020 era de 109,6 bilhões de dólares, com uma previsão de crescimento anual de 4,3%, podendo alcançar 164,9 bilhões de dólares até 2030.

A operação de ship-to-ship bunkering da Norsul será realizada em uma área do Porto de Itaqui, na Baía de São Marcos. Fabiana Durant, gerente executiva náutica da Norsul, comentou sobre os desafios operacionais da região. "A Baía de São Marcos possui uma das maiores amplitudes de maré do Brasil, o que resulta em fortes correntes marítimas. A operação exige uma equipe técnica capacitada para lidar com essas variações ambientais, e estamos preparados para isso", afirmou.