O Porto de Santos (SP) recebe hoje, dia 27 de novembro, o maior navio de fertilizantes de sua história. Carregado com mais de 71 mil toneladas de sulfato de amônio a granel, o Panamax Ostria partiu do Porto de Yantai, na China, no dia 13 de outubro e deve atracar no dia 13 de dezembro no Terminal Marítimo do Guarujá (Termag).
A chegada da embarcação foi negociada pela Rumo, que administra o principal corredor ferroviário de exportação de grãos do país, que também está a serviço da importação de fertilizantes, com parte dos vagões descarregados em Santos retornando carregados de adubo até o terminal da companhia em Rondonópolis (MT).
“Isso é fruto de nossa estratégia comercial e parceria com o Termag para aumentar o tamanho dos navios carregados com fertilizantes e priorizar o uso do modal ferroviário. Já havíamos batido o recorde no dia 12 de agosto com o navio Ultra Lynx, de 61 mil toneladas, e agora estamos indo ainda mais longe. Navios maiores, aliados ao carregamento ferroviário, são mais produtivos, trazem ganho de escala com redução de custos e aumentam a capacidade efetiva de todo o sistema logístico”, comenta o gerente Comercial da Rumo, Raphael Tulio.
A operação em Rondonópolis, planejada pela Rumo e executada em parceria com a JM Link, possui capacidade para descarregar até 7,5 milhões de t por ano, se tornando a mais produtiva do país nessa modalidade de produto. O terminal conta com duas linhas ferroviárias que descarregam oito vagões ao mesmo tempo, duas correias transportadoras independentes de 1.200 t por hora cada e realiza serviços de transbordo, embegamento e armazenagem. A capacidade estática é de 64 mil t, com previsão de ser duplicada em 2019. De acordo com a demanda e o plano de crescimento, o terminal poderá chegar a 250 mil t estáticas no futuro próximo.
“É um novo ciclo estratégico no mercado de fertilizantes. Antes a produção agrícola dependia quase exclusivamente do modal rodoviário. Com a opção por ferrovia, além de otimizar os custos logísticos dos clientes, oferecemos um nível de serviço único, de alta capacidade, com qualidade garantida e previsibilidade de preço” destaca Tulio. “Temos como estimativa atingir 750 mil toneladas até dezembro e ultrapassar 2 milhões de toneladas em 2019, atingindo aproximadamente 50% do que é importado pelo estado em menos de dois anos de projeto”, completa o executivo.