A VLI inaugurou, no dia 29 de março, dois novos terminais intermodais no Tocantins. Com investimentos de R$ 264 milhões, os ativos destinados ao transbordo e à armazenagem de grãos estão localizados nas cidades de Porto Nacional e Palmeirante e fazem parte da estratégia da companhia de alavancar o crescimento do corredor logístico Centro-Norte, uma importante fronteira de produção agrícola que engloba os estados do Tocantins e do Maranhão.
Juntos, os novos empreendimentos têm capacidade para movimentar por ano cerca de 6 milhões de toneladas de produtos como soja, milho e farelo, adicionando mais capacidade de movimentação para o corredor Centro-Norte e representando uma alternativa de escoamento em larga escala para a produção agrícola brasileira. As unidades seguem o modelo dos terminais integradores implantados pela VLI em outras regiões do Brasil e funcionam como polos concentradores de carga, aumentando a agilidade do escoamento de produtos pela ferrovia até o porto.
As cargas têm origem nas regiões produtoras do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), além de Mato Grosso, Goiás e Pará, e chegam de caminhão até os terminais. Nas unidades, realiza-se a descarga dos caminhões, o armazenamento e o transbordo dos grãos para os trens. Os vagões carregados seguem pela Ferrovia Norte-Sul (FNS), também controlada pela VLI, para o Porto do Itaqui, localizado em São Luís, com destino à exportação.
A construção do Terminal Integrador (TI) Porto Nacional e do Terminal Integrador (TI) Palmeirante visa atender à demanda crescente por alternativas para o transporte e exportação de grãos nas regiões Norte e Nordeste, colaborando para a redução dos gargalos logísticos na cadeia nacional.
Dados da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) apontam que, embora os estados do Mato Grosso, Goiás, Pará, Tocantins, Maranhão, Bahia e Piauí produzam juntos mais da metade da produção nacional de soja e milho, menos de 20% dos grãos provenientes dessas regiões são escoados e exportados pela infraestrutura dos portos do Norte e Nordeste. Todo o excedente da produção, ou seja, mais de 80%, ainda utiliza a infraestrutura do Sul e do Sudeste do país. Desse modo, as transformações que a VLI vem realizando no Corredor Centro-Norte dão suporte ao crescimento da produção, oferecendo uma infraestrutura viável e eficiente.
O plano de negócios da VLI prevê investimentos robustos no Corredor Centro-Norte, impulsionado pelo desenvolvimento da região e pela demanda de transporte ferroviário, principalmente, para grãos. Além da inauguração dos novos terminais, a empresa também investiu na construção do ramal ferroviário de acesso ao Tegram. O montante, que gira em torno de R$ 1,7 bilhão de reais, ainda inclui a aquisição de novas locomotivas e vagões, a construção e ampliação de pátios de cruzamento de trens ao longo da FNS e a construção de uma oficina de manutenção ferroviária no Maranhão.
O posicionamento geográfico dos empreendimentos favorece o fluxo constante dos produtos pela ferrovia. As unidades possuem sistemas automatizados de recepção, pesagem e carregamento, garantindo alta produtividade e segurança operacional. Os empreendimentos contam com uma pera ferroviária interligada à malha da FNS e tulha de carregamento com capacidade para carregar um trem de 80 vagões em 4 horas e 30 minutos. Trata-se de uma solução logística em formato circular que possibilita o transbordo das cargas sem a necessidade de desmembrar o trem, aumentando a eficiência das manobras de entrada e saída dos terminais.
O TI Porto Nacional tem capacidade para armazenar até 60 mil toneladas de grãos e movimentar 2,6 milhões de toneladas do produto por ano. Já o TI Palmeirante possui um armazém de 90 mil toneladas, que já é considerada a maior estrutura de armazenagem do Tocantins, e pode expedir até 3,4 milhões de toneladas anualmente. Com equipamentos de alta tecnologia e controle automatizado das estruturas, os terminais possuem ainda silo pulmão, balanças rodoviárias e ferroviárias, tombadores para caminhões, tulha ferroviária para carregamento de dois vagões simultaneamente, prédio para classificação de grãos e área administrativa.
Além de incrementarem a infraestrutura logística, os empreendimentos contribuem para o desenvolvimento local. Durante a construção, foram gerados em torno de 600 empregos em cada uma das obras e com o início das operações cerca de 200 postos de trabalho foram criados por terminal.