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Vale amplia movimentação sobre trilhos

Estrada de Ferro de Carajás recebe vagões com maior capacidade para atender ao aumento de produtividade previsto até 2016
Por Redacción el 18 de noviembre de 2011 a las 11h18

A Vale apresentou, durante o Seminário Negócio nos Trilhos, realizado em São Paulo nos dias 9 e 10 de novembro, seu projeto para garantir a movimentação de carga com ganhos de produtividade até 2016, quando a empresa prevê o transporte de 260 milhões de toneladas de minério de ferro em Carajás (PA).

Para atender o volume, que representa mais que o dobro das cerca de 100 milhões de t produzidas atualmente, a Vale encomendou o desenvolvimento, em parceria com a Amsted Maxion, de um vagão do modelo GDU com capacidade para transportar 37,5 t por eixo. O objetivo do projeto é aumentar em 20% a produtividade dos vagões da empresa nos 900 km da Estrada de Ferro Carajás (EFC), passando de 126 t para 150 t por vagão.

Segundo Guilherme Mendonça, engenheiro pleno da Vale responsável pelo projeto, somente a Austrália possui ferrovias que recebem o volume de carga nos patamares que a companhia pretende alcançar nos próximos anos. Mendonça revelou que, em setembro de 2008, a Vale propôs o desafio de criar o vagão GDU de 150 t a quatro fornecedores – três nacionais e um chinês – com base em especificações que atendessem às necessidades da empresa e estivessem de acordo com as normas da American Association Railroad (AAR), utilizadas no Brasil, e fossem o mais semelhante possível com os vagões GDT, utilizados atualmente em Carajás, para que o sistema operacional não precisasse ser alterado.

A Estrada de Ferro de Carajás já conta dois mil vagões com capacidade para transportar 150 t em operação, e a previsão é substituir todo o restante, chegando a dez mil vagões com a mesma capacidade elevada. Mendonça informou, ainda, que a empresa também está testando protótipos de outros fabricantes. “Nós propusemos o desafio e estimulamos os fornecedores. Eles aceitaram e desenvolveram o produto de acordo com as especificações definidas e o ganho é para todo o setor ferroviário brasileiro”, concluiu o executivo.

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