O serviço ferroviário da Brado para o transporte de contêineres por trem entre os estados do Mato Grosso e São Paulo, que até então servia apenas a operações de exportação, passou a atender também ao mercado interno. A composição viaja 1,2 mil km transportando até 104 contêineres de 40 pés ou 208 contêineres de 20 pés, entre os terminais de Rondonópolis (MT) e Sumaré (SP), pontos de conexão da ferrovia com o modal rodoviário.
O primeiro produto movimentado é o óleo de soja, alimento que deve encher 300 contêineres por mês já no próximo ano. A carga abre caminho para a carne congelada, que hoje é transportada de Mato Grosso para São Paulo pelo modal rodoviário. Outra carga em potencial é o milho destinado às indústrias de alimentos. O cereal deve chegar, por essa nova rota, até o interior de São Paulo e ao estado de Pernambuco, com o braço marítimo feito entre o Porto de Santos (SP) e o de Suape (PE).
A novidade faz parte da estratégia da Brado de aumentar o transporte de cargas em contêineres nas ferrovias. As vantagens da utilização do modal ferroviário vão desde a regularidade na movimentação de cargas, com mais segurança e previsibilidade, até a redução da emissão de gases poluentes na comparação com outros modais.
A Brado pretende movimentar mais de 90 mil contêineres cheios por ano a partir de 2017. Em 2015 e 2016, esse número chegou a uma média de 70 mil contêineres. A estrutura da empresa é composta por 13 locomotivas, 2.400 vagões, 3.500 contêineres, 22 terminais e quatro armazéns. Com sede em Curitiba, a Brado conta com 1.300 funcionários, concentrados nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil.