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Lufthansa Cargo divulga resultados e estabelece metas

Empresa registrou, em 2011, lucro operacional de 249 milhões de euros; objetivo é obter resultados, no mínimo, 70 milhões de euros melhores por ano a partir de 2015
Por Redacción el 2 de abril de 2012 a las 11h06

O presidente da Lufthansa Cargo, Karl Ulrich Garnadt, anunciou que a companhia obteve, em 2011, lucro operacional de 249 milhões de euros, segundo melhor resultado da história da empresa. O executivo ressaltou que depois do lucro recorde em 2010, o ano de 2011 também começou de forma muito positiva. No decorrer do período, porém, o desenvolvimento da demanda diminuiu sensivelmente, principalmente nos grandes mercados de carga aérea como China e Índia.

De acordo com o executivo, a Lufthansa conseguiu alcançar um excelente resultado apesar das circunstâncias do mercado. Para ele, a chave para o sucesso foram a contenção de custos, o leque de produtos e o controle de espaço flexível e norteado pela demanda. No exercício passado, a Lufthansa Cargo transferiu cada vez mais espaço da Ásia para a América do Norte, além de introduzir destinos novos e atraentes na malha aérea. Graças a essas medidas, o faturamento e a tonelagem da empresa aumentaram sensivelmente no ano passado. As receitas cresceram 5,3%, chegando a 2,9 bilhões de euros. O lucro operacional de 249 milhões de euros foi o segundo melhor resultado da história da empresa.

O presidente acentuou, ainda, que os investimentos em produtos novos, como o novo Lufthansa Cargo Cool Center, construído no aeroporto de Frankfurt para remessas sensíveis à temperatura, e o enfoque na qualidade também contribuíram para o sucesso da empresa. “Conseguimos mais uma vez melhorar sensivelmente o nível de qualidade no ano passado e batemos novos recordes em todas as áreas. Vamos continuar seguindo esse rumo e ampliar ainda mais nossa qualidade”, afirma.

Perspectivas

Para este ano, o presidente prevê algumas dificuldades, principalmente devido à proibição de voos noturnos estabelecida em Frankfurt, um dos aeroportos mais movimentados do mundo. Mesmo assim, a empresa aposta em um bom resultado operacional geral também neste ano.

Os programas previamente estabelecidos também contribuem para o otimismo. O Lufthansa Cargo 2020, por exemplo, definiu a estratégia de longo prazo da empresa. A encomenda de novos cargueiros Boeing 777, a renovação da TI, o planejamento da reforma do centro de logística em Frankfurt, de 30 anos de idade, além de outros projetos, definem os rumos principais para chegar ao ano de 2020 como líder da indústria do setor de carga aérea.

O diretor Financeiro e de Pessoal da Lufthansa Cargo, Peter Gerber, adianta que já há metas estabelecidas para antes de 2020. “Nosso objetivo é obter resultados no mínimo 70 milhões de euros melhores por ano a partir de 2015”, divulga.

Garnadt, presidente da companhia, ressalta, contudo, que a indústria de carga aérea enfrentará grandes desafios nos próximos anos. O rumo isolado que a União Europeia segue no comércio de emissões deverá prejudicar principalmente as empresas aéreas do continente e distorcer a competitividade. Outras barreiras que ameaçam o crescimento seriam a harmonização ainda insuficiente dos padrões globais de segurança da indústria da carga aérea assim como a demora na certificação dos renomados remetentes de carga aérea na Alemanha.

O maior desafio da Lufthansa Cargo, porém, continua sendo a possivelmente duradoura proibição de voos noturnos no aeroporto de Frankfurt. “O perigo de Frankfurt perder sua posição de melhor e mais atraente centro de distribuição europeu é real”, salienta. A proibição absoluta de voos noturnos de seis horas por dia representa uma grave desvantagem perante as concorrentes para as empresas sediadas em Frankfurt, que dependem do serviço de remessas expressas de carga aérea durante 24 horas por dia.

O executivo informa que, caso haja a perpetuação da proibição de voos noturnos, só a Lufthansa Cargo terá um prejuízo de 40 milhões de euros por ano devido à perda de remessas expressas importantes. “A Alemanha e a região de Rhein-Main vivem da exportação e do comércio internacional. Desacoplar o sétimo maior aeroporto do mundo e importante ponto de baldeação de carga expressa das correntes internacionais de mercadorias significa prejudicar massivamente as empresas produtivas assim como todo o setor de logística. Os prejudicados são as empresas sediadas em Frankfurt e milhares de empregados”, reforça.

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