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Grupo Pardini utiliza drones para transportar amostras biológicas de pacientes

A operação aconteceu em Salvador (BA) com os drones da Speedbird Aero
Por Redacción el 13 de febrero de 2023 a las 11h01 (atualizado às 13h14)
Grupo Pardini utiliza drones para transportar amostras biológicas de pacientes

O Grupo Pardini transportou em parceria com a Speedbird Aero, pela primeira vez, amostras biológicas de pacientes como testes do pezinho e exames toxicológicos, em Salvador (BA). Na última semana, os parceiros estavam estreando a primeira "avenida aérea" com três pontos de pouso e decolagem e modal complementar de coleta e entrega.

Essa já é a maior rota realizada pela empresa, pioneira em desenvolver e operar sistemas aéreos não tripulados no Brasil. No transporte foi utilizada a aeronave DLV2, que tem capacidade para transportar até 5,8 kg, podendo voar a uma distância de até 15 km do ponto de decolagem.

A rota, que ainda está em fase de testes, passa por quatro laboratórios e um hospital. O drone decola da região conhecida como Mercado do Peixe, no Rio Vermelho, já com algumas amostras, realiza o primeiro pouso no local conhecido como Jardim dos Namorados, na Pituba, para receber novas amostras e se desloca para seu ponto final, a Praia de Jaguaribe, onde as amostras seguem por terra, para a cidade de Lauro de Freitas, na região metropolitana de Salvador. O percurso, realizado por drone, deve economizar cerca de 30 minutos e percorrer 8 quilômetros a menos, comparando com o mesmo trajeto realizado por um veículo terrestre.

De Salvador, as amostras seguem por avião comercial para o Núcleo Técnico Operacional do Grupo Pardini (NTO), em Minas Gerais, onde a rede de laboratórios recebe e processa cerca de 300 mil amostras por dia, vindas de todas as regiões do país. 

Inicialmente, a rota é temporária, mas pode se tornar um trajeto fixo, a depender dos resultados experimentais que servirão para estudo de viabilidade logística e financeira. O projeto está em execução há três anos, em fase de aprovação final pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). Atualmente, as parceiras estão em fase de teste de campo para obtenção de uma nova certificação - o CAER - Certificado de Aeronavegabilidade Especial para RPA (Aeronave Remotamente Pilotada). Esta é necessária para que as aeronaves possam realizar voos BVLOS (além da linha de visão) até 120 metros em relação ao nível do solo, em voos automatizados, monitorados pelo operador.

No total já foram realizados voos de teste em quatro outras cidades: Aracaju (SE), Belo Horizonte (MG), Itajaí (SC), e São Sebastião (SP) com a aeronave DLV2. Todos os testes servem também para validação de rotas, para substanciar logs de voos, nos relatórios exigidos pela ANAC. Após a emissão do CAER, as empresas devem solicitar o voo junto ao Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) e alinhar a necessidade de validação com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), além das Vigilâncias Sanitárias Estaduais e Municipais sobre os materiais transportados.

“Dependemos do transporte terrestre e aéreo, que possuem seus desafios particulares como o alto custo e as interferências recorrentes causadas por situações diversas, como acidentes, congestionamentos e cancelamento de voos comerciais. Acredito que os drones têm potencial para revolucionar a logística na saúde daqui a alguns anos, ao trazer mais eficiência em termos de custo e tempo de transporte, além de apresentar menor impacto ambiental”, pontuou Fernando Ramos, diretor de negócios Lab-to-Lab do Grupo Pardini.

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