Teve início na última sexta-feira, dia 26 de setembro, uma operação que procura restabelecer a navegação na Hidrovia Tietê-Paraná, paralisada desde maio de 2014, por meio da redução da vazão da água de usinas hidrelétricas ao longo do Rio Paraná visando elevar o nível dos reservatórios.
Realizados em caráter de testes, os trabalhos tiveram como principal objetivo analisar os impactos da alteração do nível da água nos usos múltiplos e no meio ambiente, como o comportamento da população de peixes. Caso seja constatado algum problema, é possível suspender os testes e reverter a vazão ao patamar anterior.
De acordo com o projeto, realizado pela Companhia Energética do Estado de São Paulo (Cesp) por solicitação do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e autorizado pela Agência Nacional de Águas (ANA) e pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a hidrovia poderá voltar a ser utilizada já em janeiro de 2015.
A operação deve agora prosseguir nas demais usinas, sempre com duração de três dias e realizada aos finais de semana, quando o consumo é menor, para não causar riscos à geração de eletricidade.
Apesar de estar parada desde maio, a Hidrovia Tietê-Paraná apresenta navegação restrita desde fevereiro deste ano, por conta da estiagem que atinge o estado de São Paulo. O calado mínimo necessário para a passagem dos comboios é de 2,20 metros, mas, em alguns pontos, ele chegou a apenas 1 m.
Com 2.400 km de extensão, a hidrovia transportou, no acumulado de 2013, um total de 6,3 milhões de toneladas de cargas, como milho, soja, óleo, madeira, carvão e adubo.