A Arauco conseguiu reduzir o número de incidentes em seus pátios de madeira no Chile, aumentando a produtividade nessas operações. Esses resultados obtidos com exclusividade pela Tecnologística foram alcançados a partir da implantação de uma tecnologia que detecta a presença de pessoas e máquinas à distância, por meio de ondas eletromagnéticas.
A tecnologia adotada pela empresa é o Hit-Not, um sistema de sensores instalados nos veículos e pedestres que circulam pelo pátio, para evitar atropelamentos nos chamados “pontos cegos”, onde as pilhas de madeira obstruem a visão das pessoas.
Para a instalação, o processo envolveu não apenas a adoção da tecnologia, mas uma reestruturação nas interações entre pessoas e máquinas, após um diagnóstico sobre estes fluxos, de acordo com a Arauco.
Jaime Inostroza, gerente de Saúde e Segurança Ocupacional da Arauco no Chile, diz que a empresa teve uma experiência anterior com uma tecnologia de identificação de pedestres por radiofrequência, mas esta não foi bem-sucedida. Em 2017, a AHM Solution apresentou a tecnologia de ondas eletromagnéticas, cujo principal diferencial é atravessar obstáculos como as pilhas de madeira.
“A Arauco já havia iniciado um projeto de gerenciamento dos riscos das interações entre máquinas e pedestres. A AHM Solution fez uma visita às plantas no Chile, com o objetivo de mapear as condições da operação e realizar as recomendações necessárias para a adoção de um novo sistema”, relata.
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Ao todo, a empresa mapeou os riscos de acidentes em 12 unidades da Arauco no Chile. “A primeira opção foi segregar a circulação entre pedestres e máquinas. O segmento de madeira, em particular, tem muita interação entre veículos e pessoas”, explica o gerente. Os pátios da empresa contam com equipamentos robustos como carregadores frontais, guindastes, caminhões e outros menores.
Hierarquia do risco
Segundo a Arauco, o diagnóstico da operação, realizado pela AHM Solution, conta com um processo chamado de Hierarquia do Risco, feito em quatro etapas:
⦁ Mapeamento dos fluxos de máquinas e pessoas;
⦁ Política de segregação de fluxos por prioridade;
⦁ Controle de acessos, barreiras e sinalizações de segurança;
⦁ Auditoria, com recomendações de ajustes e mudanças de comportamento.
“Todas estas reformulações nas atividades, assim como segregações entre pessoas e máquinas, são o estágio inicial de um projeto de segurança. No entanto, sem uma ferramenta que possa controlar o risco, tais ajustes operacionais se mostram ineficazes. Aí entra a importância do Hit-Not, no caso desta operação da Arauco”, diz Afonso Moreira, da AHM Solution.
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Operação mais produtiva e mais segura
Após a implantação do Hit-Not na Arauco Chile, Jaime Inostroza notou que além da eliminação ou do controle de circulação de pedestres na operação onde circulam as máquinas e equipamentos, foi possível observar que a operação está mais produtiva e eficiente. Para ele, isso foi possível porque as máquinas param menos vezes e porque o ambiente está mais seguro.
Ele ainda informa que também houve redução de relatos de incidentes e que agora todas as 16 plantas da Arauco no Chile devem implantar a solução Hit-Not. Segundo Inostroza, o principal benefício após a implantação do Hit-Not é que “os pedestres se sentem seguros em saber que são identificados de fato e os operadores das máquinas e caminhões sabem que existem controles para identificar a presença de pessoas nos pátios, mesmo que essas não estejam em seus campos de visão”.