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ALL cria área de tecnologia operacional

Por Redacción el 27 de julio de 2005 a las 16h30 (atualizado em 29/04/2011 às 10h00)

A ALL, operadora logística com base ferroviária, criou uma área de tecnologia operacional (TO) no mês de janeiro para melhorar a tecnologia e a segurança na empresa. Localizada na sede em Curitiba, a nova estrutura (resultado da junção das áreas de tecnologia embarcada e sinalização) será responsável pela manutenção de toda a tecnologia utilizada nas locomotivas e nos recursos de campo. Estão aí incluídas a rede de comunicação via rádio, computadores de bordo, sistema telemétrico, sistema de comunicação via satélite e detectores de descarrilamento. A unidade também responderá pelo suporte às unidades de produção nas áreas de energia elétrica e comunicação, e participará de todos os projetos tecnológicos da empresa.

Entre os projetos deste ano, destaca-se a identificação de vagões por meio de etiquetas eletrônicas (TAGs), rastreadas por ondas de radiofreqüência. O projeto permitirá a identificação automática dos vagões ao cruzarem com leitores distribuídos em pontos estratégicos da linha, e tem como objetivo a geração de dados para indicar os gargalos da operação e verificar a redução do tempo entre carga e descarga do vagão.

As etiquetas serão implementadas em toda a frota de vagões do Brasil (cerca de 12 mil unidades) e serão instaladas 90 leitoras pela malha nacional, até o mês de agosto. A tecnologia utilizada para essa leitura automática eliminará grande parte da digitação existente hoje no sistema Translogic, já que os dados serão enviados de forma totalmente automática. As informações captadas pelas leitoras serão transmitidas para o sistema de informação da empresa via celular (GPRS) em tempo real.

"A tecnologia de identificação por radiofreqüência (RFID), apesar de ser mais cara que a identificação por imagem (código de barras ou reconhecimento de imagem), é mais adequada para a ferrovia, pois permite leituras em velocidade e sem a necessidade de linha visada entre o leitor e a etiqueta", explica César Prato, gerente de TO. Para diminuir a interferência no campo eletromagnético da leitora, causada pela massa metálica do vagão, as etiquetas foram fixadas em suportes de 10 a 20 cm, de acordo com o tipo do vagão, o que ameniza a interferência.

Por meio de outro projeto, denominado ATC (de Automatic Train Control), será possível a transferência para dentro da locomotiva dos sinais luminosos de campo (semáforos), existentes nos trechos em que há CTC (controle do tráfego centralizado). A empresa terá condições de exibir, no computador de bordo de todas as locomotivas, o trecho exato para o qual o trem está licenciado.

Com relação aos investimentos em segurança, a empresa comprou 220 detectores de descarrilamento para instalação em trechos críticos das linhas. 50 deles serão instalados na Central do Paraná e os demais estarão distribuídos nos trechos Nova Itapeva-Iperó, Ramal de Rio Branco, Eng. Bley-Rio Negro-São Francisco, Lages-Vacaria, Passo Fundo-General Luz e Desvio Ribas-Guarapuava. Foi feita também uma atualização da tecnologia utilizada no centro de controle operacional (CCO), com a compra de novos painéis para acompanhamento da circulação de trens nos sete dias da semana e durante 24 horas.

A empresa adquiriu ainda equipamentos SAT-Globalstar, que chegarão a 110 este ano, para prover comunicação via satélite entre o centro de controle e os veículos ferroviários e instalará novos circuitos de via, para identificar a ocorrência de uma ocupação (presença de um trem, por exemplo) em uma determinada seção de bloqueio ou quebras de trilhos. A instalação será feita agora no trecho Alexandra-Saquarema e em quatro seções de bloqueio do trecho Iguaçu-Uvaranas.

Além dos colaboradores remanescentes das áreas de tecnologia embarcada e sinalização, foram contratadas cinco pessoas para realizar a manutenção dos novos detectores de descarrilamento, das leitoras do projeto de identificação de vagões e da rede de rádios digital que está sendo montada na serra de Paranaguá. A área conta com 45 colaboradores no total, entre equipe própria e terceirizada.

www.all-logistica.com

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