O Porto Itapoá adquiriu 20 novos caminhões elétricos para sua operação interna, conhecidos como Terminal Tractors (TTs), utilizados para movimentação de contêineres. Essa aquisição, no valor de R$ 20 milhões, faz parte da expansão do porto, tornando o terminal com a maior frota de TTs elétricos do Brasil.
Sergni Pessoa Rosa Jr., diretor de Operações, Tecnologia e Meio Ambiente do Porto Itapoá, informou que a economia anual será de 858 mil litros de combustível, reduzindo a emissão de carbono em 2 mil toneladas por ano. As operações dos novos veículos estão previstas para iniciar em agosto.
Os TTs serão carregados dentro do próprio terminal, que passou a adquirir apenas energia de fontes renováveis. Em abril, o Porto Itapoá recebeu um certificado internacional que atesta o consumo de 100% de energia renovável em 2023, a certificação I-Rec (Renewable Energy Certificate).
Cada veículo pode carregar até 65 toneladas e tem autonomia de 150 km, o equivalente a cerca de 10 horas de trabalho. "Os novos TTs proporcionarão uma autonomia de 3 mil km até o carregamento, evidenciando que uma gestão ambiental eficiente reflete diretamente na produtividade", explicou Rosa Jr.
Expansão do Terminal
Em abril, o Porto Itapoá inaugurou a fase III de expansão do terminal, adicionando mais 200 mil m² de pátio e um armazém de 8 mil m², totalizando um investimento de R$ 815 milhões. Com essa ampliação, o porto agora opera um dos maiores pátios de contêineres do Brasil, com 455 mil m², e capacidade para movimentar até 2 milhões de TEUs por ano. A expansão também inclui a aquisição de grandes equipamentos, como os RTGs (guindastes sobre rodas) híbridos controlados remotamente, e a ampliação dos berços de atracação.
Certificação GHG Protocol
O Porto Itapoá recebeu, pela segunda vez em 2023, o selo ouro do GHG Protocol, um programa implementado no Brasil pelo Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas (FGVces) em parceria com o Ministério do Meio Ambiente.
Uso Responsável de Lubrificantes
O uso de óleo lubrificante nos motores diesel dos guindastes sobre pneus (RTGs) foi reduzido pela metade. O terminal deixou de usar cerca de 10 mil litros de óleo e mais 120 filtros por ano. A iniciativa, baseada em um estudo da equipe de manutenção, indicou a possibilidade de dobrar o tempo de uso do óleo sem prejuízo às suas características, conforme confirmado por análises laboratoriais.
O óleo utilizado é reciclado e retorna ao mercado com outros fins. "Mesmo com a destinação correta, é importante reduzir o consumo como um todo, tornando a cadeia mais sustentável", concluiu Rosa Jr.