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Presidente da PortosRio comenta sobre novo terminal de minérios no Porto de Itaguaí e calado dinâmico no Rio de Janeiro

Em coletiva durante o Intermodal South America, Francisco Martins trouxe atualizações sobre os avanços operacionais e perspectivas para os portos sob gestão da empresa
Por Redacción el 29 de abril de 2025 a las 8h00
Presidente da PortosRio comenta sobre novo terminal de minérios no Porto de Itaguaí e calado dinâmico no Rio de Janeiro
Foto: Divulgação / PortosRio
Foto: Divulgación / PortosRio

Em coletiva de imprensa durante a Intermodal South America 2025 em São Paulo, na última terça-feira (22/04), o diretor-presidente da PortosRio, Francisco Martins, trouxe atualizações sobre os avanços operacionais e perspectivas para os portos sob gestão da empresa, com ênfase no leilão do terminal ITG02, no Porto de Itaguaí — o maior arrendamento portuário da história do Brasil, com previsão de R$ 3,6 bilhões em investimentos.

Arrematada pelo Grupo CEDRO, a área está em fase de estudos de levantamento de campo e licenciamento ambiental, que deve levar cerca de um ano. A previsão é de que após essa fase, as obras durem de dois a três anos, separadas em fases, permitindo o início das operações enquanto ocorre a ampliação do terminal.

A expectativa da PortosRio é que, em plena capacidade, o terminal gere uma movimentação adicional de 25 milhões de toneladas por ano para o Porto de Itaguaí, impulsionando-o a assumir novamente a posição de segundo maior porto do Brasil.

A ampliação ocorre em uma época de possíveis mudanças no cenário de exportação de commodities brasileiros, com as recentes taxas de importação impostas pelos Estados Unidos em diversos segmentos. "Essa nova geopolítica vai traçar um novo cenário. E eu vejo como um cenário de oportunidades para o Brasil e os portos brasileiros, com a abertura de novos mercados e a identitificação de comércio com mercados já consolidados", opina Francisco.

A autoridade portuária busca identificar mais oportunidades de ampliação da movimentação de cargas no porto e está fazendo uma parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV) para estudar o potencial de Itaguaí para se tornar um completo industrial-portuário. "Itaguaí também tem potencial de movimentação do agro. O porto tem intermodalidade com acesso ferroviário, e a gente já tem conversado a respeito. É um porto que ainda movimenta aquém [da sua capacidade] no seu terminal de contêineres e nós temos grandes expectativas de fazer Itaguaí voltar a sua plena capacidade", completa.

 

Calado dinâmico no Porto do Rio de Janeiro

Além do estudo sobre Itaguaí, a parceria também prevê o estudo de outras oportunidades de ampliação no Porto do Rio de Janeiro, onde a PortosRio recebeu no início do mês a homologação da Capitania dos Portos para o novo calado operacional de até 15,3 metros.

Com a implantação do calado dinâmico no Porto do Rio de Janeiro, a autoridade espera maior carregamento dos navios, ganhos de escala e aumento da competitividade logística da região. "O calado dinâmico é um claro exemplo da união entre a tecnologia e a intervenção física. Ele pode trazer um ganho de até 2 metros de profundidade, de acordo com as condições ambientais e meteorológicas. O Porto do Rio de Janeiro é o primeiro porto público do Brasil a ter um calado dinâmico", explica.

Com a nova dragagem, tanto o Porto do Rio de Janeiro quanto o Porto de Itaguaí estão aptos a receber navios de até 366 metros, e a PortosRio afirma já estar começando a trabalhar em estudos para receber os navios de até 400 metros.

Vamos fazer todos os estudos de dragagem necessários, juntamente mais uma vez com o caladodinâmico, que também vai ser um facilitador do processo. Mas a gente pensa nos portos do Rio de Janeiro sempre na frente, querendo estar na vanguarda dos portos públicos , no sentido de poder atender essas demandas", comenta Francisco.

O presidente da PortosRio evidencia a importância dos portos do Rio Janeiro na compensação das recentes dificuldades enfrentadas pelo Porto de Santos, levando a um aumento de movimentação que chegou a cerca de 70% nas proteínas. "Os portos do Rio de Jneiro são muito estratégicos no suprimento de algumas deficiências eventuais de outros players na logística nacional portuária", conclui.

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