Ampliação da unidade, aproximação dos clientes e treinamentos dos funcionários são as ações previstas
A Cefrinor planeja para o ano de 2009 uma arrojada estratégia de crescimento. Entre as iniciativas que prestarão suporte às metas está a ampliação de sua unidade localizada no município de Simões Filho (BA). Hoje, o local – que possui uma área total de 76 mil metros quadrados – conta com um armazém de 15 mil metros quadrados com capacidade de 51.600 metros cúbicos. Cerca de 210 funcionários movimentam, por mês, entre 12 mil e 13 mil paletes de 11 grandes clientes. Os nomes não foram divulgados. O CEO, Roberto Civita, frisa que para um destes parceiros, uma grande rede varejista, a Cefrinor é responsável pela montagem dos estoques de cada uma das 52 lojas da empresa.
O CEO divulga os planos. “Nossa ideia é, até 2010, quase duplicar a unidade, atingindo 100 mil metros cúbicos de capacidade de armazenagem”, diz. O pátio também receberá investimentos. Atualmente, são disponibilizadas 20 posições com tomadas, mas a meta é ampliar para 60 postos. “Investiremos entre R$ 10 milhões e R$ 13 milhões nas ampliações”, calcula. De acordo com ele, caso o mercado se mantenha estável, até o final do primeiro semestre a expansão será iniciada.
Segundo Roberto, a estratégia de expansão será adotada a fim de consolidar a empresa. Ele faz um lembrete. O executivo conta que as ações da companhia foram revistas devido ao cenário econômico, mas nenhuma foi descartada. O otimismo tem explicação. Para ele, a empresa, agora, vislumbra o potencial da região Nordeste para o negócio de armazenagem frigorificada. “Temos um mercado regional ainda bastante pulverizado”, resume. A Cefrinor atende desde a capital do estado de Sergipe, Aracaju, até o sul da Bahia.
Estratégias
Além de melhorias estruturais, o executivo também estuda investir em tecnologias oferecidas no mercado externo. “Trabalhamos com multinacionais que exigem cada vez níveis mais altos de qualidade e eficiência. Estamos procurando novidades em termos de painéis de isolamento, portas com abertura e fechamento mais rápidos – velocidade de três metros por segundo –, e paleteiras elétricas”, conta. O CFO, Ricardo Civita, explica que colaboradores da empresa estão visitando feiras no exterior e analisando a aplicação dos produtos. “Após isso, nossos assessores de importação farão uma análise para avaliar se vale a pena trazer estas soluções”, diz.
A empresa também reforça a formação dos funcionários por meio de treinamentos. Roberto explica que o trabalho também é de motivação, mostrando aos colaboradores, sem parar a operação, as melhores práticas. “Nosso desafio é aplicar as tecnologias e ensinar nossos funcionários a utilizá-las da maneira correta. Estamos criando incentivos, mostrando a eles perspectivas de crescimento dentro da empresa”, relata. Alguns resultados já são verificados “Computamos, nos últimos dois anos, uma queda de 50% em nosso turnover”, comemora.
Na operação, os resultados também são positivos. Ricardo revela que um dos clientes da empresa exige um nível de acuracidade de 99,95%. Hoje, ressalta, o índice na Cefrinor é de 99,97%, mas nunca ficou abaixo de 95%. Roberto lembra, ainda, que para alcançar o resultado foi realizado um trabalho de aproximação junto aos clientes. “Não temos a mentalidade apenas de trazê-los para nossa operação. Queremos conhecer suas necessidades para adotar a melhor solução”, salienta.
Para o final do ano, a perspectiva é de crescimento. Roberto enfatiza que a empresa não sentiu os efeitos da crise. De acordo com Ricardo, a expectativa é encerrar o ano com crescimento entre 7% e 10% frente a 2008. “Para 2010, concluída a expansão, nossa meta é dobrar a receita”, define. Os números consolidados não foram revelados.