Localfrio está operando com o sistema Redex

Unidade da companhia em Itajaí já está autorizada e apta a realizar o desembaraço de cargas para exportação

Após oito meses de estudos e investimentos em estrutura, equipamentos e contratação de mão-de-obra,  desde o início de outubro, a Localfrio, instalada há quatro anos na cidade de Itajaí (SC) como armazém geral para a movimentação de carga seca, está apta a operar como recinto especial para exportação, por meio do sistema Redex. O local atende às exigências legais e com isso a empresa passa a ser um centro exportador. Ao todo, foram investidos R$ 7 milhões, de um montante de R$ 12 milhões previstos, em melhorias.

 Segundo o diretor comercial e operacional da Localfrio, Eduardo Guimarães, o layout da antiga estrutura de 82 mil metros quadrados de área total, ocupava 45 mil metros como pátio e 12 mil metros quadrados construídos com instalações de armazéns e escritórios. Contudo, para operar com o sistema Redex era preciso promover mudanças, como a ampliação do pátio e a implementação de um sistema de identificação de placas dos caminhões e da numeração dos contêineres.

“A área foi toda redesenhada, sendo que 70 mil metros quadrados foram destinados a pátio para contêineres, com capacidade estática de 4.500 TEUs e de movimentação de até 12 mil TEUs por mês. Ao todo, hoje, temos 640 tomadas, mas em janeiro de 2008 chegaremos a 800 e no mês de março a mil tomadas”, conta. O executivo ressalta que o incremento de tomadas está diretamente relacionado à previsão da evolução das movimentações.

A contratação de pessoal especializado também mereceu atenção. Atualmente, 80 funcionários são responsáveis pela operação na unidade de Itajaí da Localfrio e a expectativa é, de imediato, elevar este número para 130 pessoas. “A principal dificuldade foi encontrar profissionais preparados para operar com o sistema Redex, mas deslocamos nossos multiplicadores até o município para treiná-los”, ressalta Guimarães.

Desempenho

A adoção do sistema Redex também traz perspectivas otimistas quanto aos números da empresa. Guimarães divulga que, antes de efetuar o desembaraço das exportações, a unidade movimentava 18 mil contêineres por ano. A meta, agora, é aumentar para 70 mil contêineres, no mesmo período.

Este aumento substancial tem outro motivo. O executivo revela que a Localfrio fechou uma parceria com o Terminal de Contêineres do Vale do Itajaí (Teconvi), responsável pela administração do Porto de Itajaí, para que a empresa seja uma extensão do terminal. De acordo com Guimarães, o Teconvi opera atualmente com uma capacidade estática superlotada. “A carga fica em média de seis a oito dias dentro do porto e isso tem estrangulado a movimentação”, salienta.

O executivo explica a proposta e as ações realizadas, a partir do acordo firmado, pela Localfrio. “Realizamos o desembaraço e, após isso, a transferência para o embarque, reduzindo os tempos de permanência. Agora, as cargas ficam paradas de seis a oito horas”, resume.

As iniciativas garantem o otimismo do executivo. Guimarães calcula que, ao final deste ano, a unidade de Itajaí vai faturar R$ 10 milhões, o que representa 8% do faturamento do grupo. “Nossa expectativa para 2008 é a de alcançarmos uma receita de R$ 25 milhões, aumentando em 14% a participação da unidade nos negócios da Localfrio”, assegura. 

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