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Associação de e-business mostra cenário do supply chain no Brasil

Por Redacción el 8 de febrero de 2006 a las 10h05 (atualizado em 11/05/2011 às 16h45)

50% das empresas pretendem iniciar projetos de reposição automática

A Associação Brasileira de e-business acaba de divulgar os resultados da primeira pesquisa “Panorama do cenário do supply chain e ações colaborativas nas empresas brasileiras”, realizada com 36 empresas. Segundo o estudo, a redução do nível de estoque, os prazos de entrega cumpridos e o aumento dos níveis de serviço são os indicadores mais utilizados e vistos como os de maior importância pelas empresas. O perfil das participantes é predominantemente industrial (75%), seguido do setor de serviços (14%) e de distribuição (11%).

“As companhias participantes deste levantamento foram as mesmas que estiveram em um evento de supply chain realizado por nós em 2005. Para este encontro, levamos em consideração uma divisão criteriosa de empresas por setor, como alimentação, veículos e farmacêuticos, entre outros”, explica Richard Lowenthal, presidente da associação.

Em relação ao estágio das empresas na utilização de ferramentas de colaboração, a pesquisa indicou que a maior parte das aplicações ainda está em fase de estudos. Hoje, o recurso de supply chain mais utilizado pelas empresas é o VMI (reposição automática do estoque de vendas): 22% das participantes já implementaram a ferramenta e 50% pretendem iniciar projetos de reposição. “Chama a atenção o fato de metade das empresas pretenderem iniciar projetos neste campo, apesar da burocracia e da dificuldade para convencer os envolvidos em sua implantação”, ressalta Lowenthal.

Atualmente, o conceito mais estudado pelas empresas é o RFID: 47,2% dos participantes, ou seja, 17 empresas, estão estudando o conceito. Apesar do grande interesse nesta ferramenta, somente 6% dos entrevistados já usufruem dela com êxito. Na maioria dos casos, o RFID é utilizado para identificar produtos em armazéns e rastrear mercadorias nos ciclos de transporte.

A associação abordou, também, a velocidade de troca de informações entre as empresas e os seus parceiros de negócios. 65% das participantes da pesquisa recebem as informações de seus clientes constantemente, mas 18% raramente recebem com antecedência a previsão da demanda. Quanto à defasagem do recebimento de informações de clientes, somente 13,5% das empresas recebem informações de modo totalmente sincronizado e 21,6% delas, o fazem com atraso de algumas horas. A grande maioria (38% dos participantes) recebe informações de suas vendas com atraso de alguns dias e muitas ainda levam semanas, e até meses, para receber a previsão de consumo do mercado e o quanto foi vendido em determinado período.

Entre as barreiras para o compartilhamento de informações e estoques, a cultura interna da utilização de novas ferramentas (82,7%), a integração dos processos com os clientes (80%) e a mudança da cultura de compra/venda no final do mês (80%) foram identificadas como os principais obstáculos.

“Comprar e vender no final do mês, em função das barganhas realizadas neste período, é um obstáculo que preocupa bastante, pois é necessário compartilhar informações e acreditamos que a adoção de acordos de fornecimento a longo prazo ajudaria na colaboração entre os envolvidos, inclusive com a diminuição do preço final para o consumidor”, explica Lowenthal.

Os investimentos em TI que visam suportar as ações de supply chain estão aumentando a cada ano: em 2002, somente 44,4% das empresas realizaram algum investimento nessa área e, em 2005, este índice já atingiu 86,1%. A segunda pesquisa sobre o cenário do supply chain nas empresas brasileiras deverá acontecer este ano.

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