A Hamburg Süd anunciou, durante a Intermodal 2015, que finalizou a aquisição das atividades de transporte marítimo de contêineres da Companhia Chilena de Navegação Interoceânica (CCNI), incluindo as relacionadas com agenciamento de carga da Agencias Universales (Agunsa), localizadas nas cidades chilenas de Valparaíso e Santiago.
O Porto de Vila do Conde está incluído no serviço denominado Anel 1, que conta com seis navios porta-contêineres, sendo quatro com capacidade para 3.800 contêineres e dois para 4.800, considerados os maiores em operação na cabotagem brasileira. As principais cargas movimentadas serão dos segmentos de alimentação, bebidas, higiene e limpeza, materiais de construção e siderúrgicos.
Essa é a rota da Aliança que oferece a maior capilaridade de atendimento, desde Rio Grande (RS) até Manaus. “Assim, poderemos atender o mercado paraense, além de conectar com os serviços do Mercosul e também com as Américas, Europa, Ásia e Oriente Médio na exportação e importação”, explica o gerente geral de cabotagem da Aliança, Gustavo Costa. “A inserção do modal cabotagem nestas cadeias logísticas só é possível com um serviço semanal e em dias fixos, que também permite a expansão do comércio exterior, com transbordo nos portos de Suape e Santos, conectando o Pará a todos os continentes”, afirma.
A reformulação do serviço segue o planejamento estratégico da empresa para a expansão da cabotagem na Região Norte. Segundo Julian Thomas, diretor-superintendente da Hamburg Süd, mesmo com todas as vantagens, o modal ainda não tem sua capacidade totalmente aproveitada. “A cabotagem precisaria ser pelo menos 15% mais barata que o modal rodoviário para se tornar mais interessante para o mercado”, diz.
A Aliança deve, agora, direcionar investimentos também para a infraestrutura operacional terrestre. Essa estratégia resultou, inclusive, na inauguração de uma nova filial da Aliança Transporte Multimodal (ATM) em Manaus. A estrutura é preparada para recebimento, armazenagem, paletização, consolidação, desconsolidação e entrega de cargas.
Com saídas semanais do porto de Itapoá (SC) para o porto de Manaus e vice-versa, a operação da ATM, em conjunto com a cabotagem da Aliança, agrega valor à logística já existente na região, servindo como ponto de distribuição e coleta do serviço de carga fracionada. Cargas de pequeno e médio volumes serão coletadas ou entregues na porta do cliente, a um custo logístico competitivo, com garantia de integridade da mercadoria, frequência de embarques e confiabilidade operacional.