A NTC&Logística, por meio de seu Departamento de Custos Operacionais, Estudos Técnicos e Econômicos (Decope), divulgou, na última terça-feira, 20 de agosto, a variação média do Índice Nacional da Variação de Custos do Transporte Rodoviário de Cargas Fracionadas (INCTF) e do Índice Nacional da Variação de Custos do Transporte Rodoviário de Cargas Lotação (INCTL).
Os números, aferidos de agosto de 2012 a julho de 2013, apontam que a variação do INCTF foi de 7,54%, enquanto do INCTL ficou em 6,81%. Só nos últimos seis meses as variações foram de 5,6% e 4,4% respectivamente.
Os índices medem a evolução de todos os custos do transporte de carga, incluindo transferência, coleta e distribuição (nas operações de cargas fracionadas), custos administrativos e de terminais.
Nos últimos doze meses, contribuiu para este resultado o aumento do preço do diesel na bomba com uma variação de 10,88%, passando de R$ 2,104 para R$ 2,333 por litro. Além disso, desde março do ano passado dois novos componentes de custos passaram a fazer parte do cálculo: o diesel S-10, que variou 0,25% no mês; e o Arla 32, aditivo utilizado para reduzir as emissões de poluentes, com variação de (5,12%) nos últimos 12 meses.
Outro custo que pressionou bastante foi relacionado à mão de obra, cujo dissídio em 2013 foi, em geral, superior à inflação do período. No caso de São Paulo, por exemplo, o índice de reajuste foi de 10%.
Legislação e os índices de custos
A Lei 12.619, que entrou em vigor no dia 17 de junho de 2012 e regulamenta a profissão do motorista, seja ele empregado ou autônomo, também trouxe aumentos significativos nos custos operacionais das empresas de transporte. De acordo com estudos do Decope, este aumento variou de 14,98% a 28,92%, dependendo a operação de transporte.
Vale lembrar que o impacto dessa nova legislação não foi captado pelos índices INCTF e INCTL, porque os parâmetros utilizados pelo departamento já atendiam às exigências impostas pela nova legislação.