A fabricante de produtos lácteos Vigor Alimentos anunciou, neste mês de janeiro, investimentos de R$ 180 milhões para a ampliação de sua atuação no mercado do Rio de Janeiro. Os recursos serão empregados na construção de um novo centro de distribuição, a ser inaugurado dentro de dois anos, e de uma fábrica, cujas operações estão previstas para ter início em cinco anos. A empresa não divulgou os locais das duas estruturas.
Atualmente, o estado é atendido por meio de um CD terceirizado de um operador logístico, localizado no bairro da Pavuna, na zona norte da capital fluminense. A empresa também não informou se o novo CD terá operações próprias ou terceirizadas, nem quais linhas de produtos a nova planta irá fabricar, o que ainda está sendo estudado.
De acordo com o presidente da Vigor, Gilberto Xandó, o investimento faz parte da estratégia da empresa de ampliar suas operações para fora do mercado paulista, onde hoje estão concentradas. A ideia é expandir a presença da marca em mercados contíguos ao estado de São Paulo, e o Rio foi escolhido devido ao crescimento de sua economia e por ser o segundo estado em consumo per capita. No mercado fluminense, os produtos Vigor já lideram em categorias como requeijão e queijo parmesão e, em apenas três meses desde o lançamento, já tem 30% das vendas do iogurte grego.
Segundo Darlan Carvalho, diretor de Supply Chain da companhia, a Vigor já tem uma equipe de vendas própria no estado, além do CD em parceria com o operador logístico, que é responsável pelo atendimento a todo o estado. Além dele, a Vigor opera outros seis centros de distribuição, em São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco e Goiás.
Carvalho estima que a nova estrutura reduzirá em 24 horas o lead-time para o atendimento ao Rio de Janeiro, que hoje é de 48 horas, no máximo. Isso redundaria num ganho de 16% na vida útil do produto no varejo, o que está diretamente ligado ao aumento de vendas. Ainda de acordo com o diretor, a expectativa da fabricante é de que o Rio de Janeiro atinja uma participação de 25% no total de suas vendas, índice que hoje está em 8%.